Mercados

Bovespa abre em alta, mas recuperação deve ser curta

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, num dia de recuperação para os mercados globais. Depois de fechar ontem nos 58 mil pontos, o menor nível desde maio do ano passado, a Bolsa deve obter hoje uma recuperação limitada por resistências antes da casa dos 60 mil pontos. […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 10h27.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, num dia de recuperação para os mercados globais. Depois de fechar ontem nos 58 mil pontos, o menor nível desde maio do ano passado, a Bolsa deve obter hoje uma recuperação limitada por resistências antes da casa dos 60 mil pontos. Mesmo assim, a busca por pechinchas deve atingir praticamente todos os setores, que foram duramente afetados por incertezas nos cenários do Brasil e do mercado internacional. Às 10h06, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,71%, aos 59.255 pontos.

O ambiente internacional está menos hostil nesta manhã, já que a temporada de balanços nos Estados Unidos trouxe certo alívio aos negócios em Wall Street, após os resultados de IBM, Bank of America, Goldman Sachs, entre outros.

O número de novas construções residenciais nos EUA subiu 14,6% em junho ante maio, para o patamar anual sazonalmente ajustado mais elevado em cinco meses. A previsão era de alta de 2%. Já o número de novas permissões para a construção de imóveis residenciais novos subiu 2,5%, no mesmo período, para a média anual mais elevada desde dezembro.

Ainda assim, os riscos de default (moratória) nos EUA e na Europa reduzem o ímpeto dos negócios mundo afora, à medida que os investidores aguardam a reunião de cúpula dos países da zona do euro, na quinta-feira, e um acordo no Congresso sobre o teto da dívida norte-americana.

Hoje, a Câmara dos Representantes nos EUA deve votar um projeto de lei do Partido Republicano que eleva o limite de endividamento do governo Obama em US$ 2,4 trilhões e adota medidas para cortar gastos na mesma proporção. Do outro lado do Atlântico, o otimismo foi renovado após declarações do membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny que, apesar de ter recuado no que disse, deu sinais de que a autoridade monetária pode aceitar algumas ideias para solucionar a crise de dívida da Grécia, incluindo a de um "default seletivo".

No Brasil, a Bolsa deve enfim interromper uma sequência de três quedas consecutivas - em julho, o Ibovespa subiu em apenas três de um total de 12 sessões. Mas a equipe de analistas da UM Investimentos avalia, em relatório, que o índice à vista continua em tendência de baixa no curto e médio prazos, com topos e fundos descendentes. "Caso ocorra um repique, apenas a superação da marca de 65 mil pontos irá desconfigurar essa tendência negativa."

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Santander eleva recomendação de Bradesco e aposta em crescimento de ROE

EXCLUSIVO: Rio Bravo se prepara para soltar o ETF 'menos passivo' da bolsa

Fiagros enfrentam crise sistêmica, diz Evandro Buccini, da Rio Bravo

Após desistir da Braskem, Adnoc fecha a compra da alemã Covestro