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Bovespa abre em alta, mas cenário externo pesa contra

Apesar dos anúncios do Banco Central, bolsa está mais atenta ao comportamento dos mercados internacionais


	Operadores na Bovespa: ações dos bancos brasileiros exibem alta nesta sexta
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: ações dos bancos brasileiros exibem alta nesta sexta (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 11h05.

São Paulo - O Banco Central ainda explica as medidas anunciadas nesta sexta-feira, 25, que abrangem a maioria das modalidades de crédito e podem ter um impacto potencial de R$ 45 bilhões na economia, mas a Bovespa está mais atenta ao comportamento dos mercados internacionais.

Ainda assim, as ações dos bancos brasileiros exibem alta, em uma tentativa de fortalecer os negócios locais e descolar a Bolsa paulista do sinal negativo que prevalece no exterior.

A alta de Petrobras e Vale também ajuda. Já nos negócios com dólar, o viés de alta prevalece, enquanto os juros futuros não têm um comportamento único.

Às 10h20, o Ibovespa oscilava em alta de 0,04%, aos 58 mil pontos. Neste horário, Itaú Unibanco PN subia 0,45% e Bradesco PN avançava 0,25%.

Já em Wall Street, no mercado futuro, os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam 0,20% e 0,22%, praticamente relegando o avanço maior que o esperado das novas encomendas de bens duráveis em junho ante maio, de +0,7% ante previsão de +0,5%.

Conforme explicou hoje o chefe do Departamento de Normas do BC, Sergio Odilon dos Anjos, os bancos terão até R$ 45 bilhões a mais de caixa disponível para novos empréstimos com as medidas publicadas hoje no site da autoridade monetária.

Além dos R$ 30 bilhões de liberação de compulsórios, o BC projeta que o impacto potencial das medidas referentes ao varejo, ao longo do tempo, pode chegar a R$ 15 bilhões.

Para a Rosenberg Associados, as mudanças adotadas pelo BC nos depósitos compulsórios para injetar liquidez no mercado darão um "pequeno alívio", mas não devem elevar significativamente a concessão de crédito, ao menos até o fim do ano.

Já o economista Sílvio Campos Neto, da consultoria Tendências, não se surpreendeu com as medidas.

Para ele, o ajuste de compulsórios, e outras decisões para estimular o crédito e injetar dinheiro na economia, estão alinhadas à mensagem deixada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, e estão em linha com a reformulação do parágrafo de 25.

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