Exame Logo

Bolsas têm forte queda; BC faz mais um swap e dólar cai

No mercado doméstico, o Banco Central fez mais um swap cambial tradicional, que fez o dólar a descolar do exterior e passar a cair

Assustaram investidores as notícias de que em uma teleconferência do Eurogrupo teria sido acertado que cada país da região deveria preparar planos individuais de contingência (Johanna Leguerre/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 15h22.

São Paulo - A aversão ao risco voltou a aumentar nos mercados, com as bolsas internacionais tendo forte queda e o dólar subindo, em meio a expectativas de que os líderes europeus não tragam soluções concretas para enfrentrar a crise da região.

No mercado doméstico, o Banco Central fez mais um swap cambial tradicional, que fez o dólar a descolar do exterior e passar a cair. Assustaram investidores as notícias de que em uma teleconferência do grupo de trabalho do Eurogrupo, que reúne especialistas das pastas de Finanças da zona do euro, teria sido acertado que cada país da região deveria preparar planos individuais de contingência para o caso da Grécia sair da zona do euro.

No entanto, a informação foi negada pelo Ministério das Finanças grego por meio de comunicado. O mercado também está pessimista em relação a cúpula da União Europeia, que ocorre nesta quarta-feira, com receio de que a reunião não traga medidas concretas para solucionar a crise. A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, já afirmou que não espera que nenhuma decisão seja tomada no encontro.

Também no cenário internacional, o Banco do Japão manteve sua política monetária nesta quarta-feira, mas alertou sobre os riscos persistentes às perspectivas de recuperação do país, um sinal de que está mantendo munições na reserva no caso de a crise da dívida da Europa justificar mais ações para proteger a economia.

Com as preocupações, as bolsas europeias encerraram um rali de dois pregões de recuperação, e caíram. O FTSEurofirst , índice que reúne as principais ações europeias, caiu 2,18 por cento, a 971,99 pontos. Ainda foram divulgadas as vendas de novas moradias nos Estados Unidos, que subiram mais do que o esperado em abril, mas não foram suficientes para trazer uma melhora para as bolsas, que também recuavam nos Estados Unidos.

O Departamento do Comércio disse nesta quarta-feira que as vendas cresceram 3,3 por cento, para uma taxa anualizada de 343 mil unidades, com ajuste sazonal, após uma taxa de 332 mil unidades em março. Com a aversão ao risco, entre as moedas, às 14h23 (horário de Brasília), o euro tinha queda de 0,97 por cento ante o dólar, cotado a 1,2563 dólar.

O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, subia 0,78 por cento. No mercado doméstico, no entanto, o dólar descolou do exterior e passou a cair mais de 1 por cento, depois do Banco Central voltar a fazer um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a vende de dólares no mercado futuro. Foram vendidos apenas um terço, ou 26.400 contratos, do total de 80.000 contratos ofertados.

Na véspera, o BC já havia feito dois leilões de swap tradicional, para combater uma valorização excessiva. No entanto, o dólar ainda fechou com alta de mais 1 por cento ante o real. Ainda foi divulgado o fluxo cambial, que ficou negativo em 872 milhões de dólares na semana passada, segundo dados do Banco Central.

No acumulado de maio, até o dia 18, o fluxo registrava déficit de 1,511 bilhão de dólares.n Com o cenário preocupante, os contratos de juros futuros, por sua vez, voltavam a recuar, após subirem na véspera com temores em relação à inflação.


Veja como estavam os principais mercados financeiros às 14h25 desta quarta-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 2,0545 reais, em queda de 1,24 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caía 2,73 por cento, para 53.536 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 4,6 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 1,93 por cento, a 25.998 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2014 estava em 8,300 por cento ao ano, ante 8,440 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,2561 dólar, ante 1,2682 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 130,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,221 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 10 pontos, para 233 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 11 pontos, a 386 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 1,13 por cento, a 12.361 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 1,06 por cento, a 1.302 pontos, e o Nasdaq perdia 0,99 por cento, aos 2.810 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 2,12 dólar, ou 2,31 por cento, a 89,73 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,7192 por cento, frente a 1,777 por cento no fechamento anterior.

São Paulo - A aversão ao risco voltou a aumentar nos mercados, com as bolsas internacionais tendo forte queda e o dólar subindo, em meio a expectativas de que os líderes europeus não tragam soluções concretas para enfrentrar a crise da região.

No mercado doméstico, o Banco Central fez mais um swap cambial tradicional, que fez o dólar a descolar do exterior e passar a cair. Assustaram investidores as notícias de que em uma teleconferência do grupo de trabalho do Eurogrupo, que reúne especialistas das pastas de Finanças da zona do euro, teria sido acertado que cada país da região deveria preparar planos individuais de contingência para o caso da Grécia sair da zona do euro.

No entanto, a informação foi negada pelo Ministério das Finanças grego por meio de comunicado. O mercado também está pessimista em relação a cúpula da União Europeia, que ocorre nesta quarta-feira, com receio de que a reunião não traga medidas concretas para solucionar a crise. A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, já afirmou que não espera que nenhuma decisão seja tomada no encontro.

Também no cenário internacional, o Banco do Japão manteve sua política monetária nesta quarta-feira, mas alertou sobre os riscos persistentes às perspectivas de recuperação do país, um sinal de que está mantendo munições na reserva no caso de a crise da dívida da Europa justificar mais ações para proteger a economia.

Com as preocupações, as bolsas europeias encerraram um rali de dois pregões de recuperação, e caíram. O FTSEurofirst , índice que reúne as principais ações europeias, caiu 2,18 por cento, a 971,99 pontos. Ainda foram divulgadas as vendas de novas moradias nos Estados Unidos, que subiram mais do que o esperado em abril, mas não foram suficientes para trazer uma melhora para as bolsas, que também recuavam nos Estados Unidos.

O Departamento do Comércio disse nesta quarta-feira que as vendas cresceram 3,3 por cento, para uma taxa anualizada de 343 mil unidades, com ajuste sazonal, após uma taxa de 332 mil unidades em março. Com a aversão ao risco, entre as moedas, às 14h23 (horário de Brasília), o euro tinha queda de 0,97 por cento ante o dólar, cotado a 1,2563 dólar.

O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, subia 0,78 por cento. No mercado doméstico, no entanto, o dólar descolou do exterior e passou a cair mais de 1 por cento, depois do Banco Central voltar a fazer um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a vende de dólares no mercado futuro. Foram vendidos apenas um terço, ou 26.400 contratos, do total de 80.000 contratos ofertados.

Na véspera, o BC já havia feito dois leilões de swap tradicional, para combater uma valorização excessiva. No entanto, o dólar ainda fechou com alta de mais 1 por cento ante o real. Ainda foi divulgado o fluxo cambial, que ficou negativo em 872 milhões de dólares na semana passada, segundo dados do Banco Central.

No acumulado de maio, até o dia 18, o fluxo registrava déficit de 1,511 bilhão de dólares.n Com o cenário preocupante, os contratos de juros futuros, por sua vez, voltavam a recuar, após subirem na véspera com temores em relação à inflação.


Veja como estavam os principais mercados financeiros às 14h25 desta quarta-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 2,0545 reais, em queda de 1,24 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caía 2,73 por cento, para 53.536 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 4,6 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 1,93 por cento, a 25.998 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2014 estava em 8,300 por cento ao ano, ante 8,440 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,2561 dólar, ante 1,2682 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 130,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,221 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 10 pontos, para 233 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 11 pontos, a 386 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 1,13 por cento, a 12.361 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 1,06 por cento, a 1.302 pontos, e o Nasdaq perdia 0,99 por cento, aos 2.810 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 2,12 dólar, ou 2,31 por cento, a 89,73 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,7192 por cento, frente a 1,777 por cento no fechamento anterior.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame