Bolsas na Europa recuam por crise política na Ucrânia
Alguns investidores que apostavam na alta das ações europeias já reduziram as suas previsões para o desempenho das bolsas do continente
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 15h20.
São Paulo - As principais bolsas de valores da Europa encerraram o pregão em forte queda influenciadas por uma aversão ao risco nos mercados causada pelo impasse em relação à crise política na Ucrânia.
Em todo o mercado, cresce o nervosismo à medida que se aproxima do final de semana no qual a população da Crimeia irá decidir se continua a fazer parte da Ucrânia ou se será anexada ao território russo. Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a União Europeia estava pronta para impor sanções à Rússia, cujo governo apoia o referendo na península ucraniana.
"Geopolítica é sempre um pesadelo para os mercados. Por isso, quando você enxerga um confronto potencial no horizonte, há sempre uma tendência a exagerar", disse o economista-chefe da corretora Charles Stanley, Jeremy Batstone-Carr.
Mesmo assim, a crise na Ucrânia ocorre ao mesmo tempo em que muitos analistas estão revisando para baixo suas metas para ações negociadas na Europa, que enfrentou uma temporada de resultados ruins, afirmou Batstone. "Estamos chegando ao ponto em que os ganhos para os mercados de ações serão duramente conquistados", disse.
Alguns investidores que apostavam na alta das ações europeias já reduziram as suas previsões para o desempenho das bolsas do continente.
"O aumento das tensões na Ucrânia nos fez eliminar o excesso de peso de ações europeias na nossa carteira", disse um gestor de fundos do BNP Paribas.
A tensão no leste europeu pressionou mais uma vez os pregões do continente, acelerando a onda de vendas recente e puxando o índice de referência da Bolsa de Frankfurt ao menor nível em três meses.
A Alemanha, que tem fortes ligações comerciais com a Rússia e a Europa Oriental, além de ser grande consumidora de gás russo, está sendo duramente atingida nos últimos pregões. Hoje, na Bolsa de Frankfurt, o índice Dax encerrou em baixa de 1,86%, a 9.017,19 pontos. Lideraram as quedas os papéis da fabricante de fertilizantes K+S, que recuou 9,87% que frustrou os investidores com dividendos decepcionantes, lucros em queda e perspectivas pessimistas.
Ações de empresas com forte exposição à Rússia e a Ucrânia também lideraram o declínio do mercado francês de ações. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 1,29%, a 4.250,51 pontos, na mínima do dia. O banco Société Générale caiu 2,22% e a montadora Renault perdeu 2,98%.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 1,01%, a 6.553,78 pontos. A Bolsa de Milão encerrou o pregão em queda de 0,91%, a 20.591,82 pontos, na mínima do dia.
O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, teve a maior queda entre os principais mercados europeus, com queda de 2,16%, a 7.353,57 pontos. A Bolsa de Madri encerrou o pregão em baixa de 1,19%, a 9.950,30 pontos, na mínima do dia. Com informações da Dow Jones Newswires.
São Paulo - As principais bolsas de valores da Europa encerraram o pregão em forte queda influenciadas por uma aversão ao risco nos mercados causada pelo impasse em relação à crise política na Ucrânia.
Em todo o mercado, cresce o nervosismo à medida que se aproxima do final de semana no qual a população da Crimeia irá decidir se continua a fazer parte da Ucrânia ou se será anexada ao território russo. Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a União Europeia estava pronta para impor sanções à Rússia, cujo governo apoia o referendo na península ucraniana.
"Geopolítica é sempre um pesadelo para os mercados. Por isso, quando você enxerga um confronto potencial no horizonte, há sempre uma tendência a exagerar", disse o economista-chefe da corretora Charles Stanley, Jeremy Batstone-Carr.
Mesmo assim, a crise na Ucrânia ocorre ao mesmo tempo em que muitos analistas estão revisando para baixo suas metas para ações negociadas na Europa, que enfrentou uma temporada de resultados ruins, afirmou Batstone. "Estamos chegando ao ponto em que os ganhos para os mercados de ações serão duramente conquistados", disse.
Alguns investidores que apostavam na alta das ações europeias já reduziram as suas previsões para o desempenho das bolsas do continente.
"O aumento das tensões na Ucrânia nos fez eliminar o excesso de peso de ações europeias na nossa carteira", disse um gestor de fundos do BNP Paribas.
A tensão no leste europeu pressionou mais uma vez os pregões do continente, acelerando a onda de vendas recente e puxando o índice de referência da Bolsa de Frankfurt ao menor nível em três meses.
A Alemanha, que tem fortes ligações comerciais com a Rússia e a Europa Oriental, além de ser grande consumidora de gás russo, está sendo duramente atingida nos últimos pregões. Hoje, na Bolsa de Frankfurt, o índice Dax encerrou em baixa de 1,86%, a 9.017,19 pontos. Lideraram as quedas os papéis da fabricante de fertilizantes K+S, que recuou 9,87% que frustrou os investidores com dividendos decepcionantes, lucros em queda e perspectivas pessimistas.
Ações de empresas com forte exposição à Rússia e a Ucrânia também lideraram o declínio do mercado francês de ações. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 1,29%, a 4.250,51 pontos, na mínima do dia. O banco Société Générale caiu 2,22% e a montadora Renault perdeu 2,98%.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 1,01%, a 6.553,78 pontos. A Bolsa de Milão encerrou o pregão em queda de 0,91%, a 20.591,82 pontos, na mínima do dia.
O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, teve a maior queda entre os principais mercados europeus, com queda de 2,16%, a 7.353,57 pontos. A Bolsa de Madri encerrou o pregão em baixa de 1,19%, a 9.950,30 pontos, na mínima do dia. Com informações da Dow Jones Newswires.