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Bolsas europeias sofrem pior dia desde 2016 com propagação de coronavírus

Mercado global perdeu US$ 474 bilhões nesta segunda-feira por conta do alto nervosismo pelo avanço do surto na Ásia, na Itália e no Irã

Pico nos casos do vírus deixou seis mortos na Itália e partes do norte industrial do país praticamente em isolamento (cnsphoto/Reuters)

Pico nos casos do vírus deixou seis mortos na Itália e partes do norte industrial do país praticamente em isolamento (cnsphoto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 13h28.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2020 às 18h34.

Londres - As ações europeias sofreram a sua maior queda desde meados de 2016 nesta segunda-feira (24). As bolsas tiveram desempenho negativo por conta de um salto nos casos de coronavírus na Itália, Coreia do Sul, Japão e Irã.

A propagação do vírus pelo mundo levou os investidores a investirem na segurança do ouro e títulos do governo e eliminou cerca de 474 bilhões de dólares dos mercados acionários europeus, com os investidores reavaliando o provável impacto do surto.

A bolsa de Milão caiu mais de 5,5% após um pico nos casos do vírus ter deixado seis mortos na Itália e partes do norte industrial do país praticamente em isolamento, o que deve interferir de forma negativa na economia do país. Foi o pior dia para a bolsa italiana desde meados de 2016.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 3,76%, a 1.605 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 3,79%, a 412 pontos, registrando a maior queda percentual intradia desde que o Reino Unido votou para sair da União Europeia em junho de 2016. As bolsas de Frankfurt e Paris caíram mais de 4%. As empresas aéreas ficaram entre os piores desempenhos, com EasyJet, Ryanair, Air France e Lufthansa caindo entre 7,4% e 12,6%.

O índice de viagem e lazer da Europa despencou 6% e foi o setor regional com maior fraqueza. "O desempenho de hoje significa que os mercados não esperavam que isso se tornasse uma grande questão fora da China", disse Craig Erlam, analista sênior de mercado da Oanda. "Os investidores vão ficar muito mais sensíveis agora."

Com a fuga para ativos de proteção, o ouro subiu 2,5% para máximos de sete anos em 1.680 dólares a onça. As obrigações também ganharam. As 'yields' a dez anos do Tesouro dos EUA caíram abaixo de 1,36% pela primeira vez desde Julho de 2016. As obrigações a 30 anos atingiram um mínimo histórico de 1,81% e as 'yields' alemãs caíram para -0,48%, o mínimo em mais de quatro meses.

Na Ásia durante a noite, o KOSPI da Coreia do Sul havia caído 3,9% após o governo declarar estado de alerta elevado. O número de casos subiu para 763 e de mortes para sete.

O Irã, que anunciou as suas primeiras infecções na semana passada, disse que tinha confirmado 43 casos e oito mortes, com a maioria dos casos na cidade santa de Qom. A Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Turquia e Afeganistão impuseram restrições de viagem e imigração à República Islâmica.

Em Londres, o índice Financial Times recuou 3,34%, a 7.156 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 4,01%, a 13.035 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 3,95%, a 5.791 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 5,43%, a 23.427 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 4,07%, a 9.483 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 3,53%, a 5.197 pontos.

Em Nova York, os principais índices tiveram um movimento parecido. Todos fecharam a segunda-feira em queda. O S&P 500 caiu 3,35% (3.225 pontos) e o Dow Jones, 3,56% (27.960 pontos). Já a Nasdaq caiu 3,71%, aos 9.221 pontos.

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