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Bolsas europeias sobem com dados econômicos positivos

Os balanços positivos do Carrefour e das empresas Rémy Cointreau e Delhaize Group trouxeram ânimo ao mercado


	Bolsa de Frankfurt: o índice DAX registrou variação positiva de 0,58%
 (REUTERS/Remote/Janine Eggert)

Bolsa de Frankfurt: o índice DAX registrou variação positiva de 0,58% (REUTERS/Remote/Janine Eggert)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 15h08.

Londres - As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas por balanços corporativos positivos na Europa e por dados econômicos melhores que o esperado dos Estados Unidos referentes aos mercados imobiliário e de trabalho.

Um leilão bem-sucedido de bônus da Espanha também contribuiu para o otimismo. A contração no índice geral de atividade industrial no meio Atlântico, divulgada pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Filadélfia, e da atividade no setor de construção na zona do euro não foi suficiente para abalar as bolsas.

O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,46%, fechando a 287,35 pontos.

O Carrefour informou que teve aumento de 0,8% na receita em 2012 e disse estar confortável com a previsão de lucro operacional de 2,07 bilhões de euros em 2012. Outro destaque foram Rémy Cointreau, que anunciou alta de 6,5% na receita em seu terceiro trimestre fiscal, e a empresa belga do setor de alimentos Delhaize Group, cuja receita cresceu 1,9% no quarto trimestre do ano passado em seguida a vários trimestres de quedas.

Na Espanha, o Tesouro vendeu hoje em leilão 4,505 bilhões de euros (US$ 5,98 bilhões) em bônus para 2015, 2018 e 2041, ligeiramente acima do máximo pretendido de 4,5 bilhões de euros. O custo dos três papéis caiu significativamente em relação a ofertas anteriores com a crescente confiança do mercado na capacidade do país de se financiar sem ajuda internacional. Leilões de títulos na Irlanda e na França também foram bem-sucedidos.


Apesar da contração de 0,4% da atividade no setor de construção na zona do euro em novembro ante outubro, as bolsas europeias ampliaram os ganhos em seguida com o noticiário melhor que o esperado vindo dos EUA. Os dados divulgados hoje pelo Departamento de Trabalho do país surpreenderam o mercado.

O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 37 mil, para 335 mil na semana até 12 de setembro, atingindo o menor nível desde o início de 2008 - antes do auge da crise financeira. Os economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam queda de 1 mil pedidos, para 370 mil.

Além disso, as construções de moradias iniciadas nos EUA subiram 12,1% em dezembro, na comparação com novembro, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 954 mil, segundo o Departamento do Comércio. As condições na atividade de manufatura no meio Atlântico, no entanto, surpreenderam com uma nova contração em janeiro, informou nesta quinta-feira o Federal Reserve Bank da Filadélfia. O índice geral de atividade industrial caiu para -5,8, de uma leitura positiva de +4,6 em dezembro, revisada de um resultado inicial de +8,1 no último mês de 2012. Economistas pesquisados pela Dow Jones esperavam que o indicador mostrasse melhora para +5,0.

"Parece que a saída dos investidores do mercado de bônus para o mercado de ações está a pleno vapor, com as ações novamente se destacando na sessão de hoje", disse Angus Campbell, da Capital Spreads.


Nesse cenário, o índice FTSE da Bolsa de Londres ganhou 0,46%, fechando a 6.132,36 pontos. O varejo foi destaque positivo, com a Associated British Foods registrando alta de 3,2% após a divulgação de resultados melhores que o esperado. As mineradoras acumularam perdas após a Rio Tinto informar que terá uma perda de US$ 14 bilhões com a redução do valor de sua problemática divisão de alumínio e de seus ativos de carvão em Moçambique. As ações da empresa fecharam em queda de 0,5%.

Já na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX subiu 0,58% e fechou a 7.735,46 pontos, após ter iniciado a sessão no vermelho. As ações da ThyssenKrupp avançaram 2,2%, apoiadas pelos rumores de que a empresa recebeu ofertas por seus ativos nos EUA e no Brasil.

Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,96%, encerrando a sessão a 3.744,11 pontos. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE-Mib ganhou 1,43%, fechando a 17.587,35 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 subiu 0,56%, a 8.628,90 pontos. E em Lisboa o PSI-20 registrou alta de 1,75%, encerrando a sessão a 6.218,07 pontos. As informações são da Dow Jones.

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