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Bolsas europeias recuam e acumulam queda na semana

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, após dados mostrarem que os Estados Unidos criaram um número levemente menor que o esperado de vagas em fevereiro. Também contribuiu para o declínio das bolsas o aumento nos preços do petróleo diante da intensificação dos confrontos entre as forças de […]

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2011 às 16h02.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, após dados mostrarem que os Estados Unidos criaram um número levemente menor que o esperado de vagas em fevereiro. Também contribuiu para o declínio das bolsas o aumento nos preços do petróleo diante da intensificação dos confrontos entre as forças de segurança da Líbia e os manifestantes contrários ao regime de Muamar Kadafi.

Segundo Michael Hewson, analista da CMC Markets, a zona do euro também está sendo pressionada por preocupações com o potencial impacto que um aumento na taxa básica de juro do Banco Central Europeu (BCE) teria sobre as pequenas economias do bloco que passam por dificuldades.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,68 ponto, ou 0,59%, para 281,90 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 14,70 pontos, ou 0,24%, a 5.990,39 pontos. O CAC 40, de Paris, perdeu 40,55 pontos, ou 1,00%, para 4.020,21 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra Dax recuou 47,06 pontos, ou 0,65%, para 7.178,90 pontos.

O IBEX, de Madri, caiu 68,20 pontos, ou 0,65%, para 10.498,70 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 fechou em baixa de 45,00 pontos, ou 0,57%, a 7.902,62 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 15,79 pontos, ou 0,07%, para 22.138,44 pontos.

Na semana, os índices também caíram. Madri teve a queda mais acentuada, de 2,99%, seguida por Paris (-1,23%), Milão e Lisboa (-0,94%), Londres (-0,18%) e Frankfurt (-0,09%).

Na Líbia, testemunhas afirmaram que pessoas morreram em meio a confrontos perto do complexo petrolífero de Ras Lanuf e que uma unidade petrolífera no porto de Zuetina, no leste do país, foi incendiada. Isso, somado ao receio com o aumento das tensões no Oriente Médio e no Norte da África, impulsionou os preços do petróleo para perto de US$ 104 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e de US$ 116 por barril na plataforma ICE.

Nos EUA, dados do Departamento do Trabalho (payroll) mostraram que a economia do país criou 192 mil vagas em fevereiro, pouco menos do que as 200 mil esperadas por analistas consultados pela Dow Jones. A taxa de desemprego recuou para 8,9% no mês passado, de 9% em janeiro. Analistas esperavam um aumento de 0,1 ponto porcentual na taxa.

"A expectativa de um relatório forte sobre o mercado de trabalho foi o que puxou os mercados ontem. Hoje, não foi possível repetir o feito", disse Bernard McAlinden, estrategista da NCB Stockbrokers. Ele acrescentou que a maior ameaça ao rali das ações é o avanço nos preços das commodities. "Um mercado em alta em geral é interrompido por crises geopolíticas e aumentos nos preços das matérias-primas".

Entre os destaques da sessão, o Carrefour caiu 4,39% depois de ter a recomendação de seus papéis rebaixada para "vender" pelo Citigroup. No setor petrolífero, a SBM Offshore subiu 6,3% após apresentar um lucro operacional maior que o esperado para 2010. A Petrofac e a Technip, do mesmo segmento, fecharam em alta de 3,2% e de 1,3%, respectivamente.

O Crédit Agricole recuou 1% após concordar em comprar a Centea, unidade do grupo financeiro belga KBC, por 527 milhões de euros. A resseguradora Hannover RE subiu 1,8% depois de anunciar que seu gasto com o terremoto ocorrido em fevereiro na Nova Zelândia será de 150 milhões de euros, no máximo. As informações são da Dow Jones.

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