Mercados

Bolsas europeias fecham em alta, em meio a volatilidade

O crescimento acima do esperado na economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre ajudou a impulsionar o índice pan-europeu Stoxx 600


	Bolsa de Milão: ações do Banca Monte dei Paschi di Siena, que falhou em teste de estresse, recuaram 7,05%
 (REUTERS/Alessandro Garofalo)

Bolsa de Milão: ações do Banca Monte dei Paschi di Siena, que falhou em teste de estresse, recuaram 7,05% (REUTERS/Alessandro Garofalo)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 15h47.

São Paulo - As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 30, numa sessão marcada pela volatilidade.

O crescimento acima do esperado na economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre ajudou a impulsionar o índice pan-europeu Stoxx 600, que fechou em alta de 0,59%, aos 330,71 pontos.

Além disso, os investidores foram encorajados pelo tom mais otimista do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em relação à economia americana e pelos sólidos ganhos apresentados por grandes empresas europeias.

Durante a sessão, porém, o humor dos investidores chegou a ser afetado pelos comentários do presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA), Andrea Enria, que alertou os bancos europeus a não se sentirem seguros demais, mesmo após os testes de estresse do Banco Central Europeu (BCE).

Suas palavras provocaram uma onda de vendas de papéis do setor bancário, derrubando as cotações.

Em Milão, as ações do Banca Monte dei Paschi di Siena, que falhou no teste de estresse do BCE, recuaram 7,05%.

O índice FTSE-MIB, entretanto, encerrou o dia em alta de 0,19%, aos 19.194,61 pontos.

A notícia de que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a um ritmo de 3,5% ao ano entre julho e setembro, acima da previsão dos analistas, de 3,1%, animou o mercado, mas foi vista com uma certa cautela.

Grande parte do crescimento teve por base os gastos com defesa, evidenciando que a demanda interna ainda não está suficientemente firme.

O dado se soma aos comentários feitos ontem pelo Fed, após sua decisão de política monetária, que destacaram um mercado de trabalho em recuperação e melhora na atividade econômica.

Na zona do euro, o índice de sentimento econômico, que mede a confiança em vários setores corporativos e dos consumidores, subiu para 100,7 em outubro, de 99,9 em setembro, contrariando os economistas, que previam recuo para 99,7.

Na Alemanha, a taxa de desemprego ficou estável em 6,7% em outubro, em linha com a previsão dos analistas, enquanto a inflação caiu 0,3% no mesmo mês, além do recuo esperado, de 0,1%.

Apesar disso, o índice DAX avançou 0,35%, para 9.114,84 pontos. As ações da Bayer subiram 2,71% e as da Volkswagen avançaram 1,88%, após as empresas divulgarem seus balanços.

Em Paris, o CAC-40 teve alta de 0,74%, para 4.141,24 pontos.

As ações da Alcatel-Lucent saltaram 16,10% e as da Renault tiveram elevação de 2,91% após a divulgação de resultados.

Na bolsa de Londres, o FTSE-100 avançou 0,15%, para 6.6463,55, e, em Madri, o Ibex-35 subiu 0,16%, para 10.263,70 pontos.

Na contramão, o PSI-20, da bolsa de Lisboa, caiu 1,47%, para 5.120,82 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEMercado financeiro

Mais de Mercados

Não é só o Brasil: Argentina faz maior venda de reservas internacionais em um dia para segurar dólar

Por que a China domina o mercado de carros elétricos? 'Padrinho dos EVs' explica o motivo

Japão evita dar pistas sobre aumento dos juros e vai acompanhar os riscos à economia

Ibovespa ganha fôlego com bancos, Petrobras e Vale e fecha acima dos 121 mil pontos