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Bolsas europeias fecham em alta após decisão do BCE

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,21%, aos 337,08 pontos

Mario Draghi: segundo alguns investidores, o BCE se aproximou do relaxamento quantitativo (Arne Dedert/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h54.

São Paulo - As principais bolsas europeias fecharam em alta após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar sua decisão de política monetária.

A instituição manteve as principais taxas de juros inalteradas, mas reiterou que pode adotar mais instrumentos não convencionais de estímulo, se necessário.

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,21%, aos 337,08 pontos.

Apesar de recentes indicadores fracos na zona do euro, a taxa básica de juros, de refinanciamento, foi mantida na mínima histórica de 0,05%, a taxa de juros de empréstimo marginal em 0,30% e a taxa para depósitos bancários, em -0,20%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou, contudo, que os programas de compras de ativos, que atualmente incluem bônus cobertos e títulos lastreados em ativos (ABS), devem durar pelo menos dois anos.

O objetivo do BCE é que essas compras, junto com as operações direcionadas de refinanciamento de longo prazo (TLTRO), levem o balanço patrimonial da instituição aos níveis no início de 2012, com um crescimento de 1 trilhão de euros.

De acordo com alguns investidores, o BCE se aproximou do relaxamento quantitativo, que inclui a compra em larga escala de títulos de governos.

"Hoje é o primeiro dia em que o BCE incluiu uma meta de balanço em sua declaração. Isso sinaliza que Draghi ganhou outra briga importante na batalha para lançar o relaxamento quantitativo soberano", afirmou Luke Bartholomew, gestor de fundos da Aberdeen Asset Management.

A maior alta foi observada na Bolsa de Frankfurt, onde o índice DAX subiu 0,66%, a 9.377,41 pontos, embora o avanço tenha perdido força no fim da sessão.

"Draghi deixou claro que a economia europeia está se enfraquecendo. Por isso a reação forte teve vida curta", afirmou Michael O'Rourke, da JonesTrading.

Em Londres, o FTSE-100 teve alta de 0,18%, a 6.551,15 pontos. Mais cedo, foi divulgado que a produção industrial do Reino Unido subiu 0,6% em setembro, ante agosto, acima da projeção de economistas consultados pela Dow Jones Newswires, de alta de 0,4%.

O índice CAC-40, de Paris, ganhou 0,46%, a 4.227,68 pontos. As ações do banco Crédit Agricole, fecharam em baixa de 5,79% após a divulgação do balanço trimestral.

Apesar de os resultados principais terem vindo acima do esperado, o lucro operacional ficou abaixo do previsto em razão de ganhos decepcionantes no segmento de varejo na França.

O PSI-20, de Lisboa, registrou valorização de 0,53%, a 5,177,95 pontos.

Na Itália e na Espanha as principais bolsas fecharam em baixa.

Em Milão, o FTSEMib caiu 0,73%, a 19.285,76 pontos. Inicialmente, os investidores aplaudiram as palavras de Draghi, mas a decepção prevaleceu depois que o dirigente não anunciou propostas concretas sobre os passos futuros do BCE.

Os bancos foram os mais atingidos, com as ações do Monte Paschi di Siena fechando em queda de 3,62%. Em Madri, o IBEX-35 recuou 0,15%, a 10.261,80 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - As principais bolsas europeias fecharam em alta após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar sua decisão de política monetária.

A instituição manteve as principais taxas de juros inalteradas, mas reiterou que pode adotar mais instrumentos não convencionais de estímulo, se necessário.

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,21%, aos 337,08 pontos.

Apesar de recentes indicadores fracos na zona do euro, a taxa básica de juros, de refinanciamento, foi mantida na mínima histórica de 0,05%, a taxa de juros de empréstimo marginal em 0,30% e a taxa para depósitos bancários, em -0,20%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou, contudo, que os programas de compras de ativos, que atualmente incluem bônus cobertos e títulos lastreados em ativos (ABS), devem durar pelo menos dois anos.

O objetivo do BCE é que essas compras, junto com as operações direcionadas de refinanciamento de longo prazo (TLTRO), levem o balanço patrimonial da instituição aos níveis no início de 2012, com um crescimento de 1 trilhão de euros.

De acordo com alguns investidores, o BCE se aproximou do relaxamento quantitativo, que inclui a compra em larga escala de títulos de governos.

"Hoje é o primeiro dia em que o BCE incluiu uma meta de balanço em sua declaração. Isso sinaliza que Draghi ganhou outra briga importante na batalha para lançar o relaxamento quantitativo soberano", afirmou Luke Bartholomew, gestor de fundos da Aberdeen Asset Management.

A maior alta foi observada na Bolsa de Frankfurt, onde o índice DAX subiu 0,66%, a 9.377,41 pontos, embora o avanço tenha perdido força no fim da sessão.

"Draghi deixou claro que a economia europeia está se enfraquecendo. Por isso a reação forte teve vida curta", afirmou Michael O'Rourke, da JonesTrading.

Em Londres, o FTSE-100 teve alta de 0,18%, a 6.551,15 pontos. Mais cedo, foi divulgado que a produção industrial do Reino Unido subiu 0,6% em setembro, ante agosto, acima da projeção de economistas consultados pela Dow Jones Newswires, de alta de 0,4%.

O índice CAC-40, de Paris, ganhou 0,46%, a 4.227,68 pontos. As ações do banco Crédit Agricole, fecharam em baixa de 5,79% após a divulgação do balanço trimestral.

Apesar de os resultados principais terem vindo acima do esperado, o lucro operacional ficou abaixo do previsto em razão de ganhos decepcionantes no segmento de varejo na França.

O PSI-20, de Lisboa, registrou valorização de 0,53%, a 5,177,95 pontos.

Na Itália e na Espanha as principais bolsas fecharam em baixa.

Em Milão, o FTSEMib caiu 0,73%, a 19.285,76 pontos. Inicialmente, os investidores aplaudiram as palavras de Draghi, mas a decepção prevaleceu depois que o dirigente não anunciou propostas concretas sobre os passos futuros do BCE.

Os bancos foram os mais atingidos, com as ações do Monte Paschi di Siena fechando em queda de 3,62%. Em Madri, o IBEX-35 recuou 0,15%, a 10.261,80 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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