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Bolsas dos EUA abrem em queda

Mercados seguem em espera no que diz respeito à crise europeia e a um desfecho nos próximos dias para o acordo de troca de dívida da Grécia com credores privados

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2012 às 12h00.

Nova York - A agenda de indicadores vazia nos Estados Unidos e a falta de novidades também no cenário externo tiram a força das bolsas nova-iorquinas, que abriram hoje em queda. Às 11h32 (de Brasília), o Dow Jones e Nasdaq perdiam, 0,12% e 0,07%, respectivamente.

Os mercados estão em compasso de espera no que diz respeito à crise europeia e a um desfecho nos próximos dias para o acordo de troca de dívida da Grécia com credores privados. Sem a adesão deles à oferta grega, o governo terá de acionar as cláusulas de ação coletiva (CACs) e os contratos de swaps de default de crédito (CDS) gregos devem acabar sendo disparados. Se isso ocorrer, é difícil saber qual pode ser o impacto no sistema financeiro europeu e global.

Hoje, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que a zona do euro está "virando a página da crise financeira", numa demonstração de otimismo ainda não consolidado com fatos, uma vez que ainda restam muitas incertezas sobre a região. Esta manhã, o euro caía a US$ 1,3220, de US$ 1,3310 no fim da tarde de ontem. O índice do dólar, que pesa a moeda americana ante seis principais rivais, subia 0,64%, a 79,296.

Se por um lado, a economia europeia busca entrar nos trilhos, a dos emergentes teme descarrilar, especialmente o Brasil, que segundo matéria de hoje no Financial Times declarou "nova guerra cambial aos EUA e à Europa". Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse que os países ricos têm causado um "tsunami monetário" ao manter os juros perto de zero e inundar os mercados de liquidez.

Num só dia, o Ministério da Fazenda do Brasil anunciou duas medidas para coibir o fluxo estrangeiro especulativo: a extensão do IOF de 6% para empréstimos no exterior para 3 anos e a mudança no funcionamento do Pagamento Antecipado (PA), uma operação de pagamento às exportações.

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