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Bolsas de NY sobem por sinais de fim para impasse fiscal

Sem indicadores na agenda e com volume de negociação abaixo do normal, mercados ficaram reféns dos desdobramentos em Washington


	Nasdaq: índice avançou 23,40 pontos (0,62%), terminando a sessão a 3.815,27 pontos
 (AFP)

Nasdaq: índice avançou 23,40 pontos (0,62%), terminando a sessão a 3.815,27 pontos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 18h02.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 14, impulsionadas pelos avanços nas negociações no Congresso dos Estados Unidos para elevar o teto da dívida e reabrir o governo federal, que está paralisado há 14 dias.

Sem indicadores na agenda e com um volume de negociação abaixo do normal, em função do feriado do Dia de Colombo, os mercados ficaram reféns dos desdobramentos em Washington.

O índice Dow Jones ganhou 64,15 pontos (0,42%), fechando a 15.301,26 pontos. O Nasdaq avançou 23,40 pontos (0,62%), terminando a sessão a 3.815,27 pontos. O S&P 500 teve alta de 6,94 pontos (0,41%), encerrando a 1.710,14 pontos.

As negociações entre deputados republicanos e o presidente dos EUA, Barack Obama, nos dois últimos dias, não deram resultado, já que Obama se recusou a atrelar a extensão do teto da dívida a um acordo sobre o Orçamento do país.

Neste começo de tarde, no entanto, foi anunciado que Obama iria se reunir com os quatro líderes do Congresso. Inicialmente o encontro estava marcado para 16h (horário de Brasília), mas foi adiado para "conceder aos líderes do Senado mais tempo para continuar a fazer progressos na busca por uma solução que eleve o teto da dívida e reabra o governo".

No momento, a hipótese mais provável é que o Congresso aprove um plano costurado pelo líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, e o líder da bancada republicana na Casa, Mitch McConnell. O acordo elevaria o teto da dívida até 15 de fevereiro e reabriria o governo até 15 de janeiro, segundo assessores do Congresso. O pacote também exigiria a criação de um grupo bipartidário para negociações orçamentárias na Câmara e no Senado até 15 de dezembro.

"O fato de estarmos vendo constantes reuniões e diálogo, em vez de trocas de acusações, levou os investidores a se tornarem mais confiantes de que um acordo será alcançado", disse Paul Mangus, diretor de estratégia para ações do Wells Fargo Private Bank. As discussões em Washington têm ofuscado a temporada de balanços corporativos do terceiro trimestre. Segundo uma pesquisa da FactSet, as empresas do S&P 500 devem registrar uma alta anual de 0,8% nos lucros, após o avanço de 2,3% no segundo trimestre.


Na Europa, a produção industrial da zona do euro foi um fator positivo, com alta de 1,0% em agosto ante julho e queda de 2,1% na comparação anual. Além de superar uma previsão de alta de 0,9%, o aumento mensal foi o maior em dois anos e o declínio anual ficou abaixo da estimativa dos analistas, de um recuo de 2,6%.

A China divulgou que suas exportações caíram 0,3% em setembro ante igual mês do ano passado, mas também revelou uma forte alta de 7,4% nas importações, sugerindo forte demanda por produtos externos, incluindo commodities como metais e petróleo.

Além disso, a taxa anual de inflação chinesa subiu em ritmo mais forte no mês passado, o que foi interpretado como sinal de que a economia do gigante asiático está ganhando força.

No noticiário corporativo, as ações da Netflix subiram 7,81%, após o Wall Street Journal noticiar no fim de semana que a empresa está em conversas com operadoras de TV por assinatura para disponibilizar seu serviço de vídeos online. Já a fabricante de chips AMD avançou 3,66%, depois de ter sua recomendação elevada para outperform (acima da média de mercado) pela Wedbush.

Dentre as blue chips, os destaques de alta foram Boeing (+1,48%), Chevron (+0,91%) e IBM (+0,81%). No campo negativo, apareceram Merck, com retração de 0,54%, e AT&T, que registrou desvalorização de 0,28%.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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