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Bolsas de NY perdem por receios com Fed e setor fiscal

Analista da Meridian Equity Partners disse que investidores não correram para fora do mercado, mas "estão tentando descobrir onde estamos posicionados"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h04.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, 23, pressionadas pela incerteza com o futuro da política monetária dos Estados Unidos após discursos de diversas autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Também pesou sobre os índices o nervosismo com o impasse fiscal no país.

O índice Dow Jones recuou 49,71 pontos (0,32%), fechando a 15.401,38 pontos. O S&P 500 caiu 8,07 pontos (0,47%), terminando a 1.701,84 pontos, enquanto o Nasdaq teve queda de 9,44 pontos (0,25%), aos 3.765,29 pontos.

Jonathan Corpina, analista da Meridian Equity Partners, disse que os investidores não correram para fora do mercado, mas "estão tentando descobrir onde estamos posicionados", após a decisão do Fed de manter estímulos ter surpreendido os mercados. "O fato de muitas pessoas terem se surpreendido significa que não estavam posicionadas de acordo", afirmou.

Agora os investidores se questionam sobre a próxima ação do banco central, na medida em que se aproxima o fim de um trimestre no qual o S&P 500 registrou ganho de 6,1%.

O presidente da distrital do Fed em Nova York, William Dudley, disse que a economia norte-americana teve melhoras, mas insuficientes para que se tenha início a retirada dos estímulos. Dennis Lockhart, que comanda o Fed de Atlanta, também afirmou que os EUA estão se recuperando, mas que é preciso reforçar a produtividade e relançar o dinamismo no mercado de trabalho.

Além disso, os investidores estão nervosos com impasses fiscais no Congresso, que enfrenta a aproximação de dois prazos importantes em duas negociações distintas.

O primeiro prazo vence em 30 de setembro - último dia do atual ano fiscal - e exige a aprovação de um projeto para financiar o governo no próximo ano. O segundo prazo diz respeito à elevação do teto da dívida, que, segundo projeções do Departamento do Tesouro dos EUA, será atingido em meados de outubro. Portanto, o Congresso precisa chegar a um acordo antes disso para elevar o teto e evitar um calote da dívida norte-americana.

Linda Duessel, estrategista do Federated Investors, disse que prevê perdas entre 5% e 7% no S&P 500 no próximo mês, se as negociações não surtirem resultado no Congresso. "Uma batalha provavelmente deve ocorrer", disse Duessel.

No campo macroeconômico, o PMI industrial dos EUA decepcionou e recuou a 52,8 setembro, de 53,1 em agosto, embora ainda indique expansão moderada do setor manufatureiro. Já o índice de atividade nacional do Fed de Chicago subiu para 0,14 em agosto, de -0,43 em julho.

No noticiário corporativo, as ações da BlackBerry ganharam 1,09% após a notícia de que a companhia concordou em vender a empresa a um consórcio liderado pela Fairfax Financial, que já detém cerca de 10% das ações. Na sexta-feira, 20, a empresa havia despencado 17% após prever um prejuízo fiscal maior do que o esperado no segundo trimestre e anunciar uma reestruturação.

A Apple avançou 4,97% após ter vendido o número recorde de 9 milhões de iPhones dos últimos modelos lançados, nos primeiros três dias nas lojas. A companhia informou também que as vendas no quarto trimestre devem atingir o teto da meta anterior.

Os papéis do Citigroup caíram 3,20% após o Financial Times afirmar que o banco espera uma grande queda na receita.

Na Europa, as Bolsas fecharam em queda, também pressionadas pela incerteza com o Fed. O mercado acionário de Londres teve perdas de 0,59%. Em outras praças do continente, as quedas foram de 0,75% em Paris, 0,47% em Frankfurt, 0,68% em Madri, 0,32% em Milão e 0,79% em Lisboa. O recuo generalizado veio apesar dos números favoráveis sobre o desempenho econômico da zona do euro.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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O índice Dow Jones recuou 49,71 pontos (0,32%), fechando a 15.401,38 pontos. O S&P 500 caiu 8,07 pontos (0,47%), terminando a 1.701,84 pontos, enquanto o Nasdaq teve queda de 9,44 pontos (0,25%), aos 3.765,29 pontos.

Jonathan Corpina, analista da Meridian Equity Partners, disse que os investidores não correram para fora do mercado, mas "estão tentando descobrir onde estamos posicionados", após a decisão do Fed de manter estímulos ter surpreendido os mercados. "O fato de muitas pessoas terem se surpreendido significa que não estavam posicionadas de acordo", afirmou.

Agora os investidores se questionam sobre a próxima ação do banco central, na medida em que se aproxima o fim de um trimestre no qual o S&P 500 registrou ganho de 6,1%.

O presidente da distrital do Fed em Nova York, William Dudley, disse que a economia norte-americana teve melhoras, mas insuficientes para que se tenha início a retirada dos estímulos. Dennis Lockhart, que comanda o Fed de Atlanta, também afirmou que os EUA estão se recuperando, mas que é preciso reforçar a produtividade e relançar o dinamismo no mercado de trabalho.

Além disso, os investidores estão nervosos com impasses fiscais no Congresso, que enfrenta a aproximação de dois prazos importantes em duas negociações distintas.

O primeiro prazo vence em 30 de setembro - último dia do atual ano fiscal - e exige a aprovação de um projeto para financiar o governo no próximo ano. O segundo prazo diz respeito à elevação do teto da dívida, que, segundo projeções do Departamento do Tesouro dos EUA, será atingido em meados de outubro. Portanto, o Congresso precisa chegar a um acordo antes disso para elevar o teto e evitar um calote da dívida norte-americana.

Linda Duessel, estrategista do Federated Investors, disse que prevê perdas entre 5% e 7% no S&P 500 no próximo mês, se as negociações não surtirem resultado no Congresso. "Uma batalha provavelmente deve ocorrer", disse Duessel.

No campo macroeconômico, o PMI industrial dos EUA decepcionou e recuou a 52,8 setembro, de 53,1 em agosto, embora ainda indique expansão moderada do setor manufatureiro. Já o índice de atividade nacional do Fed de Chicago subiu para 0,14 em agosto, de -0,43 em julho.

No noticiário corporativo, as ações da BlackBerry ganharam 1,09% após a notícia de que a companhia concordou em vender a empresa a um consórcio liderado pela Fairfax Financial, que já detém cerca de 10% das ações. Na sexta-feira, 20, a empresa havia despencado 17% após prever um prejuízo fiscal maior do que o esperado no segundo trimestre e anunciar uma reestruturação.

A Apple avançou 4,97% após ter vendido o número recorde de 9 milhões de iPhones dos últimos modelos lançados, nos primeiros três dias nas lojas. A companhia informou também que as vendas no quarto trimestre devem atingir o teto da meta anterior.

Os papéis do Citigroup caíram 3,20% após o Financial Times afirmar que o banco espera uma grande queda na receita.

Na Europa, as Bolsas fecharam em queda, também pressionadas pela incerteza com o Fed. O mercado acionário de Londres teve perdas de 0,59%. Em outras praças do continente, as quedas foram de 0,75% em Paris, 0,47% em Frankfurt, 0,68% em Madri, 0,32% em Milão e 0,79% em Lisboa. O recuo generalizado veio apesar dos números favoráveis sobre o desempenho econômico da zona do euro.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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