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Bolsas de NY devem abrir em baixa pelo fator Grécia

Nos Estados Unidos, o assunto da semana deve ser o esperado IPO do Facebook, que deve ser realizado na próxima sexta-feira

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 10h42.

Nova York - As bolsas em Wall Street devem abrir em baixa nesta segunda-feira, agora que não se fala mais em uma saída para a Grécia, mas na saída da Grécia da zona do euro. Nos Estados Unidos, o assunto da semana deve ser o esperado IPO do Facebook, que deve ser realizado na próxima sexta-feira. A companhia planeja oferecer 337,4 milhões em ações por um preço estimado de US$ 28 a US$ 35 por ação, para levantar até US$ 11,8 bilhões.

Na agenda de indicadores da semana, o destaque é a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed e suas projeções para a economia dos Estados Unidos, na quarta-feira. No encontro passado, o banco central americano não sinalizou que haverá outro programa de alívio quantitativo após a Operação Twist, que termina em junho. A Operação Twist é um programa de alongamento dos prazos dos ativos do portfólio adotado no ano passado.

Às 10h15 (pelo horário de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,63%, o S&P 600 tinha queda de 0,87% e o Nasdaq caía 0,72%. O euro caía a US$ 1,2844, de US$ 1,2919 no fim da tarde de sexta-feira. O índice do dólar subia 0,35%, a 80,547.

Esse temor em relação à Grécia está cada vez mais forte diante do impasse político no país que ameaça os planos de austeridade fiscal assumidos anteriormente pelo governo grego para receber mais ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) e União Europeia. O vice-primeiro-ministro grego, Theodoros Pangalos, reconheceu no domingo que a Grécia pode quebrar em junho caso o imbróglio político não seja resolvido e disse que o país pode entrar em "falência selvagem" se não receber a parcela que falta do resgate financeiro.

Para a Moody's, cresceu o risco de o país dar calote e sair da zona do euro. A conselheira econômica do governo da Alemanha Claudia Buch é da mesma opinião. "Mas isso não pode significar que nós sempre ajudaremos cada país, e a qualquer preço", garantiu. Aliás, a chanceler alemã, Angela Merkel, sofreu um baque forte no domingo, após ser derrotada na eleição regional no país.

No lado econômico, a recessão começa a colocar suas asas de fora. A produção industrial na zona do euro caiu 0,3% em bases mensais em março e recuou 2,2% em termos anuais, a maior queda anual desde o declínio de 3,7% em dezembro de 2009.

No pré-mercado, os papéis da Avon subiam 6,19%, após a companhia dizer que irá considerar a oferta revisada de compra feita pela Coty.

As ações do JPMorgan recuavam 1,57%, refletindo ainda o impacto negativo do anúncio de que o banco deverá ter perda de US$ 2 bilhões com transações com veículos sintéticos de crédito.

Os papéis do Yahoo! subiam 2,37%, após Scott Thompson renunciar ao cargo de chefe-executivo diante de acusações de que teria falsificado seu currículo.

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