Bolsas de NY devem abrir em alta sob influencia do Fed
A decisão do Federal Reserve de manter as compras de ativos anunciada ontem segue influenciando os negócios em Wall Street
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 11h11.
Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quinta-feira, 19, com ganhos, sinalizam os índices futuros. Além do aumento menor que o esperado nos pedidos de auxílio-desemprego, a decisão do Federal Reserve de manter as compras de ativos anunciada ontem, que surpreendeu os economistas, segue influenciando os negócios em Wall Street e estimulando a busca por ativos de maior risco. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,18%, o Nasdaq ganhava 0,29% e o S&P 500 avançava 0,27%.
Além da decisão do Fed de manter as compras de ativos, cresce no mercado a percepção de que o comando do banco central deve ficar mesmo com Janet Yellen, atualmente vice-presidente do Fed e apoiadora da política monetária de Ben Bernanke.
Em Washington, a Casa Branca já sinalizou que Barack Obama estaria próximo de nomear a dirigente, que ainda conta com apoio do Senado, de acordo com o The Wall Street Journal.
Depois da grande expectativa pela reunião de ontem do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), os indicadores econômicos devem voltar a ser acompanhados com lupa pelos economistas, em busca de pistas sobre uma nova data para mudanças nas compras mensais de bônus.
Bancos como o Deutsche Bank, BMO e o TD Bank veem possibilidade de que o anúncio seja feito na reunião de dezembro, que será seguida por uma coletiva de imprensa e ainda terá nova rodada de divulgação de projeções macroeconômicas.
O interesse por apresentações de dirigentes do Fed também deve aumentar neste momento pós-reunião, com os investidores em buscas de pistas sobre os bastidores do encontro e de como os presidentes veem os rumos da economia norte-americana. Amanhã, quatro dirigentes do Fed participam de eventos.
Nesta quinta, há apenas um previsto, com a presidente do Fed de Cleveland, Sandra Pianalto, que não tem poder de voto este ano nas reuniões do Fomc. No começo de agosto, a presidente declarou que o mercado de trabalho estava melhorando mais até do que ela esperava, mas que ainda havia um caminho a percorrer até que o emprego se recuperasse totalmente. Pianalto fala em um evento sobre setor imobiliário, capital humano e desigualdade em apresentação prevista para as 12h30 (de Brasília).
O economista sênior do banco BMO Michael Gregory avalia que o Fed deve anunciar a decisão em dezembro, quando terá mais indicadores econômicos do mercado de emprego e da atividade econômica em mãos. Com isso, o novo presidente do banco central, que deve assumir no começo de 2014, ficaria praticamente com toda a tarefa de conduzir o processo de retirada dos estímulos monetários. Para Gregory, o principal temor do Fed para não reduzir as compras de bônus ontem é que os juros altos continuem comprometendo o mercado imobiliário, ao encarecer as hipotecas e afetando a recuperação da atividade.
Nesta quinta, será divulgado um novo número do setor, as vendas de moradias usadas e a previsão é de recuo no comércio destas residências. Após a abertura do mercado, às 11h de Brasília, saem os dados de agosto. O BMO projeta queda de 2,5% nas vendas no mês passado ante julho, para o nível anualizado de 5,26 milhões de residências.
O recuo seria efeito do aumento dos custos das hipotecas, provocado pela alta dos juros dos títulos do Tesouro norte-americano. Na coletiva ontem, o presidente do Fed, Ben Bernanke, expressou preocupação com a alta dos custos e os impactos negativos na economia.
Além dos dados do setor de construção, a quinta-feira tem o anúncio de vários indicadores econômicos, que começou com os pedidos de auxílio-desemprego referente à semana encerrada no último dia 14. As solicitações subiram para 304 mil no período, abaixo do esperado pelos economistas, que previam que elas chegassem a 330 mil pedidos.
Mesmo com a alta, os pedidos seguem nos menores níveis desde 2007, com a ressalva de que alguns Estados, como Califórnia e Nevada, relataram problemas no processamento das solicitações, o que pode estar distorcendo parte das estatísticas.
Também foi divulgado nesta manhã o saldo em conta corrente dos EUA, que caiu 6% no segundo trimestre e registrou um déficit de US$ 98,89 bilhões, ante expectativa dos economistas de resultado negativo em US$ 97 bilhões.
Após a abertura do mercado, o Fed da Filadélfia divulga o índice de atividade regional de setembro. Estes indicadores regionais são usados pelos economistas para se ter uma ideia de como está a atividade em todo o território norte-americano. Já o instituto The Conference Board mostra o índice de indicadores antecedentes de agosto, que deve ter alta de 0,7%, de acordo com o consenso dos economistas calculado pela agência Dow Jones.
No mundo corporativo, a canadense BlackBerry subia 0,96% no pré-mercado. A empresa anunciou ontem o lançamento de um novo modelo de celular, o Z30, mais moderno e potente. Além disso, a imprensa noticiou, citando fontes próximas, que a companhia pode demitir 40% de seus funcionários, para reduzir custos.
A BlackBerry não tem conseguido competir com a Apple e a Samsung no mercado de celulares inteligentes e tem perdido mercado nesse disputado segmento. Uma reportagem recente do The New York Times destacava que a canadense chegou a ter 51% do mercado norte-americano de celulares inteligentes há quatro anos. Hoje, tem 3,4%.
Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quinta-feira, 19, com ganhos, sinalizam os índices futuros. Além do aumento menor que o esperado nos pedidos de auxílio-desemprego, a decisão do Federal Reserve de manter as compras de ativos anunciada ontem, que surpreendeu os economistas, segue influenciando os negócios em Wall Street e estimulando a busca por ativos de maior risco. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,18%, o Nasdaq ganhava 0,29% e o S&P 500 avançava 0,27%.
Além da decisão do Fed de manter as compras de ativos, cresce no mercado a percepção de que o comando do banco central deve ficar mesmo com Janet Yellen, atualmente vice-presidente do Fed e apoiadora da política monetária de Ben Bernanke.
Em Washington, a Casa Branca já sinalizou que Barack Obama estaria próximo de nomear a dirigente, que ainda conta com apoio do Senado, de acordo com o The Wall Street Journal.
Depois da grande expectativa pela reunião de ontem do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), os indicadores econômicos devem voltar a ser acompanhados com lupa pelos economistas, em busca de pistas sobre uma nova data para mudanças nas compras mensais de bônus.
Bancos como o Deutsche Bank, BMO e o TD Bank veem possibilidade de que o anúncio seja feito na reunião de dezembro, que será seguida por uma coletiva de imprensa e ainda terá nova rodada de divulgação de projeções macroeconômicas.
O interesse por apresentações de dirigentes do Fed também deve aumentar neste momento pós-reunião, com os investidores em buscas de pistas sobre os bastidores do encontro e de como os presidentes veem os rumos da economia norte-americana. Amanhã, quatro dirigentes do Fed participam de eventos.
Nesta quinta, há apenas um previsto, com a presidente do Fed de Cleveland, Sandra Pianalto, que não tem poder de voto este ano nas reuniões do Fomc. No começo de agosto, a presidente declarou que o mercado de trabalho estava melhorando mais até do que ela esperava, mas que ainda havia um caminho a percorrer até que o emprego se recuperasse totalmente. Pianalto fala em um evento sobre setor imobiliário, capital humano e desigualdade em apresentação prevista para as 12h30 (de Brasília).
O economista sênior do banco BMO Michael Gregory avalia que o Fed deve anunciar a decisão em dezembro, quando terá mais indicadores econômicos do mercado de emprego e da atividade econômica em mãos. Com isso, o novo presidente do banco central, que deve assumir no começo de 2014, ficaria praticamente com toda a tarefa de conduzir o processo de retirada dos estímulos monetários. Para Gregory, o principal temor do Fed para não reduzir as compras de bônus ontem é que os juros altos continuem comprometendo o mercado imobiliário, ao encarecer as hipotecas e afetando a recuperação da atividade.
Nesta quinta, será divulgado um novo número do setor, as vendas de moradias usadas e a previsão é de recuo no comércio destas residências. Após a abertura do mercado, às 11h de Brasília, saem os dados de agosto. O BMO projeta queda de 2,5% nas vendas no mês passado ante julho, para o nível anualizado de 5,26 milhões de residências.
O recuo seria efeito do aumento dos custos das hipotecas, provocado pela alta dos juros dos títulos do Tesouro norte-americano. Na coletiva ontem, o presidente do Fed, Ben Bernanke, expressou preocupação com a alta dos custos e os impactos negativos na economia.
Além dos dados do setor de construção, a quinta-feira tem o anúncio de vários indicadores econômicos, que começou com os pedidos de auxílio-desemprego referente à semana encerrada no último dia 14. As solicitações subiram para 304 mil no período, abaixo do esperado pelos economistas, que previam que elas chegassem a 330 mil pedidos.
Mesmo com a alta, os pedidos seguem nos menores níveis desde 2007, com a ressalva de que alguns Estados, como Califórnia e Nevada, relataram problemas no processamento das solicitações, o que pode estar distorcendo parte das estatísticas.
Também foi divulgado nesta manhã o saldo em conta corrente dos EUA, que caiu 6% no segundo trimestre e registrou um déficit de US$ 98,89 bilhões, ante expectativa dos economistas de resultado negativo em US$ 97 bilhões.
Após a abertura do mercado, o Fed da Filadélfia divulga o índice de atividade regional de setembro. Estes indicadores regionais são usados pelos economistas para se ter uma ideia de como está a atividade em todo o território norte-americano. Já o instituto The Conference Board mostra o índice de indicadores antecedentes de agosto, que deve ter alta de 0,7%, de acordo com o consenso dos economistas calculado pela agência Dow Jones.
No mundo corporativo, a canadense BlackBerry subia 0,96% no pré-mercado. A empresa anunciou ontem o lançamento de um novo modelo de celular, o Z30, mais moderno e potente. Além disso, a imprensa noticiou, citando fontes próximas, que a companhia pode demitir 40% de seus funcionários, para reduzir custos.
A BlackBerry não tem conseguido competir com a Apple e a Samsung no mercado de celulares inteligentes e tem perdido mercado nesse disputado segmento. Uma reportagem recente do The New York Times destacava que a canadense chegou a ter 51% do mercado norte-americano de celulares inteligentes há quatro anos. Hoje, tem 3,4%.