Mercados

Bolsas de NY abrem em baixa frustradas com Grécia

A reunião de cúpula da União Europeia em Bruxelas concentra as expectativas

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 12h11.

Nova York - A falta de um acordo entre a Grécia e os credores privados no último fim de semana gera frustração nas bolsas de todo o mundo hoje. Dados sobre a economia americana divulgados mais cedo também não melhoraram o ânimo dos investidores, enquanto a reunião de cúpula da União Europeia em Bruxelas, a partir das 12 horas (de Brasília), concentra as expectativas. Às 12h35 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,80%, o S&P cedia 0,97% e o Nasdaq tinha baixa de 0,83%.

Nos EUA, os dados de preços divulgados hoje mostraram consumo fraco no país e leve alta da inflação, mas ainda abaixo do que havia sido registrado em setembro. A renda pessoal subiu 0,5% no país em dezembro de 2011 e os gastos com consumo ficaram estáveis em dezembro. Economistas esperavam alta de 0,1% nos gastos dos consumidores e aumento de 0,4% na renda pessoal. Em bases anuais, a renda e os gastos se moveram em conjunto, com cada um subindo 4,7%.

O índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos EUA subiu 0,1% em dezembro do ano passado ante novembro. Em bases anuais, a alta foi de 2,4% em relação a dezembro de 2010. A taxa anual ficou acima da meta de inflação estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de 2,0%, mas bem abaixo da alta anual de 2,9% registrada em setembro. O núcleo do índice subiu 0,2% em termos mensais e 1,8% em termos anuais.

Em relação à Grécia, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Scheuble, disse hoje que a União Europeia poderá se recusar a aprovar um novo pacote de ajuda financeira ao país, de cerca de 130 bilhões de euros, forçando a declaração de default da dívida. Para evitar esse destino, a Grécia precisa convencer os líderes europeus que fará as reformas e os ajustes necessários.

Enquanto isso, os credores privados (bancos e outras instituições), que possuem 206 bilhões de euros em títulos do governo grego, ainda tentam negociar com o país para substituir os atuais papéis por outros novos, mais longos e com valores menores.

Entre as empresas negociadas em bolsa, o jornal The New York Times revelou que cinco bancos dos EUA têm mais de US$ 80 bilhões de exposição às dívidas dos PIIGS - acrônimo para Grécia, Itália, Irlanda, Portugal e Espanha. As ações do JP Morgan, do Goldman Sachs, do Citigroup e do Bank of America recuavam.

A exceção era o Morgan Stanley, que faz parte da lista mas cujas ações subiam no pré-mercado diante da notícia de que irá conduzir a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do site de relacionamentos Facebook. A expectativa é de que o Facebook entre com pedido de IPO nesta quarta-feira.

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