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Bolsas de Nova York caem sob dado fraco nos EUA

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda, pressionados por receios com a Europa por resultados trimestrais mistos dos bancos Citigroup e Wells Fargo e por um dado decepcionante sobre a atividade industrial na região de Nova York. O Dow Jones caiu 247,49 pontos, ou 2,13%, para […]

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 17h50.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda, pressionados por receios com a Europa por resultados trimestrais mistos dos bancos Citigroup e Wells Fargo e por um dado decepcionante sobre a atividade industrial na região de Nova York.

O Dow Jones caiu 247,49 pontos, ou 2,13%, para 11.397,00 pontos, voltando a acumular queda no ano, de 1,56%. Na sexta-feira, o índice havia encerrado o pregão com a maior pontuação em dois meses e meio. O Nasdaq perdeu 52,93 pontos, ou 1,98%, para 2.614,92 pontos, enquanto o S&P 500 teve declínio de 23,72 pontos, ou 1,94%, para 1.200,86 pontos.

O volume de negócios foi relativamente baixo, de 3,7 bilhões de ações na NYSE, em comparação à média diária de 2011, de 4,4 bilhões de ações, o que teria contribuído para a queda acentuada das bolsas.

Os mercados mundiais de ações começaram a perder força antes mesmo da abertura das bolsas norte-americanas, refletindo a decepção dos investidores com o fato de um porta-voz da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ter dito que ela acha impossível resolver todos os problemas da zona do euro na reunião de cúpula da União Europeia prevista para 23 de outubro.

Antes da declaração, as bolsas subiam em meio a expectativas de que os europeus apresentariam uma solução abrangente para os problemas com dívidas soberanas da região, principalmente depois de os demais membros do G-20 - o grupo das 20 maiores economias do mundo - apoiarem algumas propostas preliminares europeias. "As notícias de um plano da zona do euro são ótimas, mas não acho que o fim de semana significará o fim decisivo para a crise", disse Ryan Larson, diretor de negócios com ações dos EUA no RBC Global Asset Management.


Entre os destaques da sessão, o Citigroup caiu 1,65% depois de divulgar que, no terceiro trimestre, sua receita após ajustes somou US$ 18,9 bilhões, menos do que os US$ 19,25 bilhões previstos por analistas. O lucro líquido, no entanto, cresceu 68% na comparação com igual trimestre de 2010 e superou a previsto do mercado.

O Wells Fargo divulgou que seu lucro do terceiro trimestre cresceu 21% na comparação com um ano antes, para US$ 4,1 bilhões. O resultado, no entanto, foi acompanhado por um declínio de 6,2% na receita na mesma base de comparação. Tanto o lucro quanto a receita ficaram aquém das estimativas de analistas e as ações do banco perderam 8,44%.

Fora do setor financeiro, a El Paso fechou em alta de 24,71% depois de concordar em ser comprada pela Kinder Morgan por US$ 21,1 bilhões, num acordo que envolve dinheiro e ações e também a incorporação de uma dívida de US$ 16,7 bilhões. A operação criará a maior rede de gás natural da América do Norte. Os papéis da Kinder Morgan avançaram 5,02%.

Entre os indicadores divulgados hoje, o Federal Reserve de Nova York informou que seu índice de atividade industrial regional apontou contração pelo quinto mês consecutivo em outubro e num ritmo mais acelerado do que o esperado pelo mercado. Já o Federal Reserve afirmou que a produção industrial dos EUA em setembro cresceu 0,2% em relação ao mês anterior, em linha com as estimativas de analistas.

No mercado de Treasuries, os preços subiram, com respectivo movimento inverso dos juros, diante do ressurgimento das preocupações com a Europa. "Nós estamos avançando e recuando em cima desse tema há meses e as pessoas querem acreditar que há uma solução rápida e ordenada", disse David Coard, direto de negócios com renda fixa do Williams Capital Group. "Mas não parece que isso será resolvido tão rapidamente quanto gostaríamos."

No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,132%, de 3,227% na sexta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,163%, de 2,245%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,273%, de 0,265%. As informações são da Dow Jones.

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