Bolsas da Europa caem ao menor patamar em 4 meses por Brexit
Ressaca do Brexit fez Bolsas da Europa ampliarem a queda pós-votação do Brexit no Reino Unido
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 14h28.
São Paulo - As principais praças europeias continuaram em trajetória de queda nesta segunda-feira, 27, refletindo ainda a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia .
A ressaca da votação do Brexit levou a um dia de baixo volume de negócios, fez a libra recuar a níveis não vistos desde 1985 e o índice pan-europeu Stoxx 600 ceder 4,11%, aos 308,75 pontos, o menor patamar desde meados de fevereiro.
As quedas foram lideradas pelos setores financeiro e turismo, que registraram perdas superiores a 7,5%. Entre os destaques negativos, a EasyJet despencou 22,32% após emitir um alerta sobre sua previsão de lucros para esta semana, enquanto o Barclays teve perda de 17,35% e o Lloyds, -10,26%.
"Incertezas criadas após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia devem continuar a ser fonte de volatilidade para ações globais, e os índices podem cair a níveis ainda mais baixos nas próximas semanas", disse o Société Générale, em nota.
O dia amanheceu com mensagens de líderes europeus para acalmar o mercado. O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, garantiu que a economia britânica continua sólida e que bancos e sistema financeiro britânicos são saudáveis.
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, admitiu que Londres precisa de tempo para reagir ao resultado do plebiscito, mas que isso não pode deixar a Europa no limbo por muito tempo.
"Não devemos permitir um período permanente de procrastinação porque acho que isso não seria bom" para o Reino Unido e demais 27 integrantes da UE, disse a dirigente.
As declarações, no entanto, tiveram efeito limitado, e a libra chegou a tocar US$ 1,3120, o menor patamar em mais de 30 anos.
Já o índice FTSE-100 caiu 2,55%, aos 5.982,20 pontos, pressionado também pelo desempenho das ações de empreiteiras, que perdem com a saída do país da UE.
Em Paris, o índice CAC-40 caiu 2,97%, aos 3.984,72 pontos, e em Frankfurt, o DAX recuou 3,02%, aos 9.268,66 pontos, com destaque para a queda da Lufthansa 8,26%.27.
Em Milão, o índice FTSE-Mib tombou 3,94%, aos 15.103,58 pontos, com destaque para os papéis de bancos, alguns dos quais tiveram a negociação interrompida durante o pregão: Monte dei Paschi di Siena caiu 13,34% e Intesa Sanpaolo, -10,92%.
Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 1,83%, aos 9.645,50 pontos, e em Lisboa, o PSI-20 cedeu 2,34%, aos 4.260,13 pontos.
(Com informações da Dow Jones Newswires)
São Paulo - As principais praças europeias continuaram em trajetória de queda nesta segunda-feira, 27, refletindo ainda a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia .
A ressaca da votação do Brexit levou a um dia de baixo volume de negócios, fez a libra recuar a níveis não vistos desde 1985 e o índice pan-europeu Stoxx 600 ceder 4,11%, aos 308,75 pontos, o menor patamar desde meados de fevereiro.
As quedas foram lideradas pelos setores financeiro e turismo, que registraram perdas superiores a 7,5%. Entre os destaques negativos, a EasyJet despencou 22,32% após emitir um alerta sobre sua previsão de lucros para esta semana, enquanto o Barclays teve perda de 17,35% e o Lloyds, -10,26%.
"Incertezas criadas após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia devem continuar a ser fonte de volatilidade para ações globais, e os índices podem cair a níveis ainda mais baixos nas próximas semanas", disse o Société Générale, em nota.
O dia amanheceu com mensagens de líderes europeus para acalmar o mercado. O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, garantiu que a economia britânica continua sólida e que bancos e sistema financeiro britânicos são saudáveis.
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, admitiu que Londres precisa de tempo para reagir ao resultado do plebiscito, mas que isso não pode deixar a Europa no limbo por muito tempo.
"Não devemos permitir um período permanente de procrastinação porque acho que isso não seria bom" para o Reino Unido e demais 27 integrantes da UE, disse a dirigente.
As declarações, no entanto, tiveram efeito limitado, e a libra chegou a tocar US$ 1,3120, o menor patamar em mais de 30 anos.
Já o índice FTSE-100 caiu 2,55%, aos 5.982,20 pontos, pressionado também pelo desempenho das ações de empreiteiras, que perdem com a saída do país da UE.
Em Paris, o índice CAC-40 caiu 2,97%, aos 3.984,72 pontos, e em Frankfurt, o DAX recuou 3,02%, aos 9.268,66 pontos, com destaque para a queda da Lufthansa 8,26%.27.
Em Milão, o índice FTSE-Mib tombou 3,94%, aos 15.103,58 pontos, com destaque para os papéis de bancos, alguns dos quais tiveram a negociação interrompida durante o pregão: Monte dei Paschi di Siena caiu 13,34% e Intesa Sanpaolo, -10,92%.
Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 1,83%, aos 9.645,50 pontos, e em Lisboa, o PSI-20 cedeu 2,34%, aos 4.260,13 pontos.
(Com informações da Dow Jones Newswires)