Bolsas da Europa fecham em alta após dados reforçarem aposta por fim do ciclo de aperto de juro
Apesar do resultado positivo ao continente, a taxa anual da inflação na zona do euro desacelerou fortemente no último mês, a 2,9%
Agência de notícias
Publicado em 17 de novembro de 2023 às 15h23.
As Bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 17, após dados econômicos fracos reforçarem a perspectiva de que os BCs locais provavelmente não voltarão a elevar juros.
As expectativas dovish prevaleceram, a despeito das falas de banqueiros centrais que sinalizaram para a manutenção da política monetária restritiva por mais tempo. Em destaque, o mercado acionário de Madri encostou os maiores níveis em mais de três anos, após reeleição de Pedro Sánchez como primeiro-ministro.
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Apesar disso, integrantes do Banco Central Europeu ( BCE ) mantiveram postura cautelosa. O dirigente Robert Holzmann afirmou que o banco central não reduzirá as taxas de juros no segundo trimestre do próximo ano e que as expectativas do mercado para uma redução são prematuras, reportou a Bloomberg.
O dirigente Joachim Nagel também voltou a descartar possibilidade de cortes de juros em breve, reiterando a posição do BCE de que juros terão que permanecer restritivos pelo tempo apropriado para reduzir a inflação à meta de 2% ao ano.
Na Bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 0,84%, aos 15.919,16 pontos; em Paris, o CAC 40 avançou 0,91%, aos 7.233,91 pontos; em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,82%, aos 29.498,43 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,53%, aos 6.280,56 pontos. As cotações são preliminares.
Em Madri, o Ibex tinha ganho de 0,97%, aos 9.761,40 pontos - maior patamar desde fevereiro de 2022. O resultado ocorre na esteira da reeleição de Sánchez na quinta-feira, depois de meses de imbróglio no Congresso para formar um novo governo.
Fora da zona do euro, o índice FTSE 100 (Londres) fechou em alta de 1,26%, aos 7.504,25 pontos. As ações de BP (+1,99%) e Shell (+2,07%) estiveram entre os destaques do dia, na esteira da escalada firme do petróleo.
As vendas no varejo do Reino Unido caíram mais que o esperado em outubro, em outro sinal de desaceleração econômica no continente.
Assim, investidores aparentam ter colocado em segundo plano as declarações do vice-presidente do Banco da Inglaterra ( BoE, na sigla em inglês), Dave Ramsden, de que não descarta elevar juros no futuro.