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Bolsas da Ásia têm baixa com realização de lucros

Na China, as empresas de energia renovável lideraram as perdas, uma vez que os investidores realizaram lucros após o forte rali observado nos últimos dois dias


	Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto terminou a sessão em queda de 0,7%, a 2.309,50 pontos
 (Getty Images)

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto terminou a sessão em queda de 0,7%, a 2.309,50 pontos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Tóquio - Os mercados acionários da Ásia fecharam em queda, puxados para baixo, principalmente, pela realização de lucros dos investidores.

Na China, as empresas de energia renovável lideraram as perdas, uma vez que os investidores realizaram lucros após o forte rali observado nos últimos dois dias. O índice Xangai Composto terminou a sessão em queda de 0,7%, a 2.309,50 pontos.

O índice chegou a recuar 2,0%, o nível mais baixo da sessão, para 2.279,51, mas foi se recuperando durante o pregão. O índice Shenzhen Composto recuou 0,3%, para 929,73 pontos.

As empresas de energia renovável apresentaram um rali no início da semana, sob a expectativa de que o governo investirá mais em tecnologia "verde", depois que os moradores de Pequim sofreram com uma das piores ondas de poluição no fim de semana.

No entanto, na sessão desta quarta-feira, os investidores aproveitaram os ganhos anteriores para realizarem lucros. A Beijing SPC Environment Protection Tech caiu 2,9%, após subir 15,8% nos dois últimos pregões. A Zhongyuan Environment-Protection recuou 2,0%, depois de ganhar 15,0% sobre no mesmo período.

As empresas chinesas, com dupla listagem na Bolsa de Hong Kong, influenciaram o índice Hang Seng, levando-o a uma leve queda de 0,1%, a 23.356,99 pontos. Em Hong Kong, as incorporadoras mobiliárias amorteceram as perdas das empresas chinesas e fecharam em alta.

A Sun Hung Kai Properties avançou 1,4% e a Chung Kong subiu 1,9%. As duas empresas são as maiores incorporadoras por capitalização de mercado de Hong Kong.

Durante a noite, o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, realizou seu primeiro discurso, falando, principalmente, sobre a construção de casas de preços acessíveis, uma importante fonte de preocupação social na região.


Leung disse que visa criar 67 mil novas unidades residenciais privadas nos próximos 3 a 4 anos, em linha com a meta do governo, que havia prometido o oferecimento anual de 20 mil unidades.

A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também recuou por causa da realização de lucros. Com alto volume de operações, o índice PSEi caiu 0,8%, para 6.037,01 pontos.

O índice Taiwan Weighted da Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em queda de 0,8%, a 7.700,43 pontos, puxado para baixo pelas empresas de tecnologia.

Segundo o analista Mars Hsu, da Grand Cathay Securities, os investidores estão cautelosos, à espera da divulgação das receitas das grandes companhias de tecnologia. Para ele, o mercado local deve permanecer em uma fase de consolidação no médio prazo. A TPK recuou 2,3%, a AU Optronics caiu 4,1% e a Innolux Corp. Apresentou queda de 5,3%. A TSMC terminou o pregão em baixa de 1,3%.

O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, terminou o pregão em baixa de 0,3%, aos 1.977,45 pontos, influenciado pela venda de investidores de outros países nos mercados à vista (spot) e de futuros, disseram analistas.


Os estrangeiros são vendedores líquidos de ações domésticas, equivalentes a 90 bilhões de wons, e contratos futuros, cujos valores superam 170 bilhões de wons.

As ações de tecnologia lideraram as quedas, com a Samsung Electronics recuando 1,3% e a LG Display fechando o pregão em baixa de 1,6%. Os ações de montadoras subiram, com uma recuperação técnica, mas ainda estão sob pressão, por causa do won fortalecido. A Kia Motors avançou 2,3%.

Na Austrália, o índice S&P ASX/200 fechou em alta de 0,5%, aos 4.738,40 pontos, com ganhos de empresas do setor de saúde, bancos, telecomunicações. No lado negativo, a BHP Billiton, Rio Tinto e Fortescue Metals caíram entre 0,5% e 1,5%, depois de o preço do minério de ferro à vista recuar 1,1%, para US$ 152,90 por tonelada na terça-feira.

O minério de ferro subiu mais de 80% desde o início de setembro, alimentando dúvidas sobre se os preços continuarão altos no médio prazo. As informações são da Dow Jones.

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