Bolsas chinesas tombam após PMI e arrastam outras asiáticas
Composto Xangai está 32% abaixo do pico de mais de sete anos alcançado em 12 de junho
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2015 às 06h40.
São Paulo - As bolsas chinesas sofreram um novo tombo nesta sexta-feira, arrastando outros mercados da Ásia , após novos dados fracos sobre a atividade manufatureira da China reforçarem preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, fechou em baixa de 4,3%, a 3.507,74 pontos, apenas ligeiramente acima da mínima atingida em 8 de julho, que chegou a ser rompida durante o pregão de hoje.
Com isso, o Xangai está agora 32% abaixo do pico de mais de sete anos alcançado em 12 de junho. O Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda maior, de 5,4%, a 2.039,40 pontos, mantendo-se 8% acima da mínima de 8 de julho.
Os temores em relação à desaceleração da China ganharam força após a divulgação do último índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do país, que caiu a 47,1 na leitura preliminar de agosto, de 47,8 em julho, tocando o menor patamar em mais de seis anos, segundo pesquisa da Markit Economics com a Caixin Media. Leituras abaixo de 50,0 indicam contração de atividade.
Os mercados acionários chineses continuam extremamente voláteis, apesar da intervenção de Pequim por meio de uma série de medidas, que incluíram o uso de um fundo de estabilização - que já gastou dezenas de bilhões de dólares na tentativa de resgatar as bolsas - e a proibição de venda de ações por estatais.
A drástica desvalorização do yuan, anunciada pelo Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) na semana passada, também alimenta preocupações sobre o gigante asiático.
Ao mesmo tempo, a desaceleração chinesa ameaça o ritmo de crescimento mundial, que, por sua vez, pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a adiar planos de começar a elevar seus juros básicos pela primeira vez em quase dez anos. Para alguns analistas, os problemas da China podem impedir o Fed de anunciar o primeiro aumento de juros na reunião prevista para setembro.
Na quarta-feira, o Fed revelou que seus dirigentes estão divididos em relação ao início do aperto monetário, em ata do encontro realizado em julho.
Em outras partes da Ásia, as bolsas seguiram o fraco desempenho das ações chinesas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng cedeu 1,53%, a 22.409,62 pontos, enquanto no mercado taiwanês, o Taiex caiu 3%, a 7.786,92 pontos, o menor nível em dois anos, e o índice sul-coreano Kospi recuou 2,01%, a 1.876,07 pontos.
Também influenciado pela Ásia, o mercado australiano fechou no menor patamar em oito meses. O índice S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, teve baixa de 1,4%, a 5.214,60 pontos, encerrando a semana com perdas de 2,6%. A China é o maior parceiro comercial da Austrália.
São Paulo - As bolsas chinesas sofreram um novo tombo nesta sexta-feira, arrastando outros mercados da Ásia , após novos dados fracos sobre a atividade manufatureira da China reforçarem preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, fechou em baixa de 4,3%, a 3.507,74 pontos, apenas ligeiramente acima da mínima atingida em 8 de julho, que chegou a ser rompida durante o pregão de hoje.
Com isso, o Xangai está agora 32% abaixo do pico de mais de sete anos alcançado em 12 de junho. O Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda maior, de 5,4%, a 2.039,40 pontos, mantendo-se 8% acima da mínima de 8 de julho.
Os temores em relação à desaceleração da China ganharam força após a divulgação do último índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do país, que caiu a 47,1 na leitura preliminar de agosto, de 47,8 em julho, tocando o menor patamar em mais de seis anos, segundo pesquisa da Markit Economics com a Caixin Media. Leituras abaixo de 50,0 indicam contração de atividade.
Os mercados acionários chineses continuam extremamente voláteis, apesar da intervenção de Pequim por meio de uma série de medidas, que incluíram o uso de um fundo de estabilização - que já gastou dezenas de bilhões de dólares na tentativa de resgatar as bolsas - e a proibição de venda de ações por estatais.
A drástica desvalorização do yuan, anunciada pelo Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) na semana passada, também alimenta preocupações sobre o gigante asiático.
Ao mesmo tempo, a desaceleração chinesa ameaça o ritmo de crescimento mundial, que, por sua vez, pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a adiar planos de começar a elevar seus juros básicos pela primeira vez em quase dez anos. Para alguns analistas, os problemas da China podem impedir o Fed de anunciar o primeiro aumento de juros na reunião prevista para setembro.
Na quarta-feira, o Fed revelou que seus dirigentes estão divididos em relação ao início do aperto monetário, em ata do encontro realizado em julho.
Em outras partes da Ásia, as bolsas seguiram o fraco desempenho das ações chinesas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng cedeu 1,53%, a 22.409,62 pontos, enquanto no mercado taiwanês, o Taiex caiu 3%, a 7.786,92 pontos, o menor nível em dois anos, e o índice sul-coreano Kospi recuou 2,01%, a 1.876,07 pontos.
Também influenciado pela Ásia, o mercado australiano fechou no menor patamar em oito meses. O índice S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, teve baixa de 1,4%, a 5.214,60 pontos, encerrando a semana com perdas de 2,6%. A China é o maior parceiro comercial da Austrália.