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Bolsas asiáticas fecham sem direção única

As altas foram influenciadas por fatores locais, enquanto as quedas se devem à espera de novidades nos EUA


	Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto registrou alta de 1,3%, para 2.251,76 pontos
 (REUTERS/Stringer)

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto registrou alta de 1,3%, para 2.251,76 pontos (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 06h26.

São Paulo - As bolsas da China e da Austrália encerraram o dia em alta influenciadas por fatores locais, mas no restante do pregão asiático os mercados fecharam majoritariamente em queda, à espera de novidades nos EUA.

Na China, o mercado acionário marcou ganhos pela segunda sessão consecutiva, enquanto investidores mostraram interesse em comprar ações de blue chips. O índice Xangai Composto registrou alta de 1,3%, para 2.251,76 pontos, e o Shenzhen Composto avançou 1,0% e fechou a 1.064,02 pontos.

"O mercado está se estabilizando após os investidores reagirem na segunda-feira à notícia do reinício das oferta públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) disse o analista da Soochow Securities Deng Wenyuan. No sábado a China afirmou que cerca de 50 empresas devem se preparar para abrirem capital em janeiro, encerrando um hiato nos IPOs de mais de um ano.

Para o analista Li Wenjie, da CEBM Group, os investidores estão vendendo ações small-caps excessivamente valorizadas e comprando blue chips, com preços relativamente mais baratos.

Também influenciou positivamente o pregão chinês o anúncio de que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) lançará as reformas na área econômica de Xangai nos próximos três meses. As ações do Shanghai International Port saltaram 10%.

O dia também foi positivo na Austrália, onde o índice S&P/ASX 200 encerrou o dia em alta de 0,3% e alcançou os 5.273,8 pontos, depois de recuar para o menor nível desde 15 de outubro, a 5.227,6 pontos.


O pregão australiano foi influenciado por um número fraco do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre. Para o estrategista-chefe da CMC Markets, Michael McCarthy, o mercado interpretou a notícia como um sinal de que o Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês) optará por novos cortes de juros para estimular a economia.

O PIB da Austrália cresceu 2,3% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a expectativa do mercado era por uma alta de 2,6%. Logo em seguida ao anúncio, o dólar australiano passou a registrar perdas ante o dólar.

As ações da BHP Billiton, Rio Tinto e Fortescue Metals avançaram entre 1% e 2,9% no pregão, enquanto as ações da Westfield Group subiram 4,1% após a empresa anunciar planos para separar os ativos na Austrália e na Nova Zelândia.

O estrategista também lembrou que o recente enfraquecimento do mercado tem sido causado por fundos de investimento se desfazendo de posições para se prepararem para as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).

No restante do pregão asiático, a maioria das bolsas fecharam em queda. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia em queda de 0,8%, recuando para 23.728,70 pontos. O índice Kospi, na Coreia do Sul, fechou em queda de 1,1%, a 1.986,80 pontos, e o PSEi, nas Filipinas, caiu 1,2% e encerrou a 6.105,23 pontos.

Os mercados acionários internacionais têm sofrido perdas por conta da cautela com o programa de estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Enquanto muitos investidores acreditam que o Fed iniciará a redução dos estímulos somente no ano que vem, bons dados da economia podem aumentar as especulações de uma redução nos estímulos na reunião de política monetária deste mês.

Os EUA anunciarão hoje o número de vagas de emprego criadas no setor privado, em relatório publicado pela ADP, e na sexta-feira anunciarão o relatório de emprego para novembro.

O Taiwan Weighted avançou 0,3%, para 8.418,00 pontos. Para um analista da First Securities, não há novas pistas para o mercado avaliar e o volume na bolsa local deve permanecer fraco até o início de 2014, quando os investidores esperam a aprovação de um pacto de serviços com a China. Fonte: Dow Jones Newswires.

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