Bolsas asiáticas fecham em baixa, com temor por China e Fed
O Xangai Composto recuou 1,4%, encerrando o pregão a 3.197,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto teve queda um pouco maior, de 1,6%, a 1.770,38 pontos
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 11h47.
São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, com incertezas sobre a economia chinesa e o futuro da política monetária dos EUA voltando a prejudicar o apetite por risco na região.
Também pesaram dúvidas sobre a capacidade da China de estabilizar seus mercados e a intensificação neste mês do cerco de Pequim a empréstimos de margem ilegais.
O Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, recuou 1,4%, encerrando o pregão a 3.197,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda um pouco maior, de 1,6%, a 1.770,38 pontos.
Além dos temores relacionados à desaceleração da China, analistas dizem que a determinação de Pequim de coibir irregularidades em empréstimos de margens, como são chamados os recursos tomados para investimentos em ação, está pressionando os papéis de corretoras.
As autoridades chinesas vêm investigando empréstimos de margem ilegais em corretoras desde julho e os esforços ganharam força em setembro.
O alvo mais recente da investigação é a China Minzu Securities, que é acusada de ter contabilizado de forma inadequada cerca de 2 bilhões de yuans em negócios.
Além disso, três empresas de tecnologia foram multadas no último dia 2, por oferecerem uma plataforma para empréstimos de margem irregulares.
"As corretoras estão sob pressão regulatória para eliminar contas ilegais, o que pode gerar maior volatilidade antes que (isso seja concluído)", comentou Deng Wenyuan, analista da Soochow Securities.
Os mercados chineses, porém, recuaram das mínimas atingidas nas transações da manhã (pelo horário local), após dados oficiais mostrarem que a inflação ao consumidor anual da China acelerou para 2% em agosto, de 1,6% em julho, superando a previsão dos economistas, de 1,9%, e sugerindo que a demanda permaneceu forte na segunda maior economia do mundo.
A leitura foi de que a inflação não é suficiente para desviar o banco central chinês de sua trajetória de relaxamento monetário, o que favorece as bolsas.
Em discurso no Fórum Econômico Mundial, na cidade de Dalian, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse hoje que o gigante asiático é capaz de evitar um "pouso forçado" e de atingir grandes metas econômicas este ano.
Outro fator que inibiu na Ásia a busca por ativos considerados mais arriscados, como ações, são as dúvidas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que na próxima semana decide se elevará ou não os juros básicos pela primeira vez em uma década.
Comentários recentes sugerem que os dirigentes do Fed estão divididos em relação ao aumento de juros no próximo dia 17, quando será anunciada a decisão.
Para alguns analistas, a turbulência financeira global alimentada pela China nas últimas semanas pode levar o Fed a adiar o primeiro ajuste nos juros.
Ontem, porém, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, após uma sessão volátil, depois de números sobre ofertas de emprego nos EUA gerarem especulação de que o Fed talvez comece a agir na semana que vem.
As perdas nas bolsas asiáticas foram quase generalizadas hoje. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 2,51%, a 18.299,62 pontos, após saltar 7,7% na sessão anterior, o maior ganho porcentual desde outubro de 2008.
No mercado em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,57%, a 21.562,50 pontos, enquanto em Taiwan, o Taiex teve ligeira baixa de 0,2%, a 8.268,68 pontos. A exceção foi a bolsa sul-coreana, onde o índice Kospi avançou 1,44%, a 1.962,11 pontos.
Na Oceania, o mercado australiano seguiu a desvalorização vista na Ásia. O S&P/ASX 200, índice que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, fechou com queda de 2,4%, a 5.095,00 pontos, após acumular valorização de 3,8% nas duas sessões anteriores.
São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, com incertezas sobre a economia chinesa e o futuro da política monetária dos EUA voltando a prejudicar o apetite por risco na região.
Também pesaram dúvidas sobre a capacidade da China de estabilizar seus mercados e a intensificação neste mês do cerco de Pequim a empréstimos de margem ilegais.
O Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, recuou 1,4%, encerrando o pregão a 3.197,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda um pouco maior, de 1,6%, a 1.770,38 pontos.
Além dos temores relacionados à desaceleração da China, analistas dizem que a determinação de Pequim de coibir irregularidades em empréstimos de margens, como são chamados os recursos tomados para investimentos em ação, está pressionando os papéis de corretoras.
As autoridades chinesas vêm investigando empréstimos de margem ilegais em corretoras desde julho e os esforços ganharam força em setembro.
O alvo mais recente da investigação é a China Minzu Securities, que é acusada de ter contabilizado de forma inadequada cerca de 2 bilhões de yuans em negócios.
Além disso, três empresas de tecnologia foram multadas no último dia 2, por oferecerem uma plataforma para empréstimos de margem irregulares.
"As corretoras estão sob pressão regulatória para eliminar contas ilegais, o que pode gerar maior volatilidade antes que (isso seja concluído)", comentou Deng Wenyuan, analista da Soochow Securities.
Os mercados chineses, porém, recuaram das mínimas atingidas nas transações da manhã (pelo horário local), após dados oficiais mostrarem que a inflação ao consumidor anual da China acelerou para 2% em agosto, de 1,6% em julho, superando a previsão dos economistas, de 1,9%, e sugerindo que a demanda permaneceu forte na segunda maior economia do mundo.
A leitura foi de que a inflação não é suficiente para desviar o banco central chinês de sua trajetória de relaxamento monetário, o que favorece as bolsas.
Em discurso no Fórum Econômico Mundial, na cidade de Dalian, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse hoje que o gigante asiático é capaz de evitar um "pouso forçado" e de atingir grandes metas econômicas este ano.
Outro fator que inibiu na Ásia a busca por ativos considerados mais arriscados, como ações, são as dúvidas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que na próxima semana decide se elevará ou não os juros básicos pela primeira vez em uma década.
Comentários recentes sugerem que os dirigentes do Fed estão divididos em relação ao aumento de juros no próximo dia 17, quando será anunciada a decisão.
Para alguns analistas, a turbulência financeira global alimentada pela China nas últimas semanas pode levar o Fed a adiar o primeiro ajuste nos juros.
Ontem, porém, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, após uma sessão volátil, depois de números sobre ofertas de emprego nos EUA gerarem especulação de que o Fed talvez comece a agir na semana que vem.
As perdas nas bolsas asiáticas foram quase generalizadas hoje. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 2,51%, a 18.299,62 pontos, após saltar 7,7% na sessão anterior, o maior ganho porcentual desde outubro de 2008.
No mercado em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,57%, a 21.562,50 pontos, enquanto em Taiwan, o Taiex teve ligeira baixa de 0,2%, a 8.268,68 pontos. A exceção foi a bolsa sul-coreana, onde o índice Kospi avançou 1,44%, a 1.962,11 pontos.
Na Oceania, o mercado australiano seguiu a desvalorização vista na Ásia. O S&P/ASX 200, índice que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, fechou com queda de 2,4%, a 5.095,00 pontos, após acumular valorização de 3,8% nas duas sessões anteriores.