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Bolsa tenta explicar o fiasco de ter realizado o pior IPO da história

Presidente da bolsa publicou uma carta se desculpando por falha técnica que impediu oferta – e mexeu até com ações da Apple

Imagem inicial do site da BATS que leva internauta para pedido de desculpas do CEO (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 14h24.

São Paulo – Quem entra no site da BATS Global Markets nesta segunda-feira encontra um link em destaque com a frase “Nós sabemos que podemos fazer melhor”. Ao clicar, o internauta dá de cara com uma carta do CEO Joe Ratterman, publicada no domingo, onde o executivo pede desculpas e tenta explicar o fiasco da oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) da companhia.

“Na sexta-feira, dia 23 de março, assim que a BATS Global Markets estava pronta para começar a negociar suas ações pela primeira vez no mercado, passamos por uma séria falha técnica em nossa bolsa. A falha nos forçou a cancelar os negócios com nossas ações e, em seguida, nosso IPO ”, resume Ratterman logo no início de seu texto.

No início da sexta-feira um problema técnico afetou os negócios na BATS, mexendo inclusive com os papéis da Apple. Segundo comunicado da empresa, a falha ocorreu devido a um ‘bug’ num software que ordena as ordens de leilões de IPOs antes da abertura.

O início das negociações dos papéis da própria BATS deveria ter sido o primeiro IPO realizado dentro do ambiente da bolsa, mas a empresa não conseguiu abrir seu próprio capital. “Como é de se imaginar, esse foi um momento devastador para a empresa, nossos sócios, nossos membros e nossos investidores”, afirmou o CEO.

Mesmo com meses de teste, o problema técnico apareceu. “Essa falha foi particularmente dolorosa para nós, que nos orgulhamos de sermos a bolsa mais estável e resiliente na indústria”, disse Ratterman em sua carta. Segundo o CEO explicou, nos últimos três anos (a empresa existe há seis) foi acumulada uma performance recorde de 99,9% do tempo de operação funcionando em perfeitas condições. “Mas nesse caso, falhamos. Sabemos que podemos fazer melhor. E faremos”, escreveu o CEO.


Além da carta, a empresa publicou no mesmo documento uma série de perguntas e respostas sobre o fato. A companhia explicou que o evento afetou a confiança dos investidores e que foi para proteger o interesse deles que tomou a decisão de cancelar o IPO.

A empresa informou também que como a oferta estava programada para ficar aberta até o próximo dia 28, quarta-feira, nem o dinheiro dos investidores, nem as ações da empresa, mudaram de mãos. Por isso, nada muda para quem achou que já tinha feito negócios com os papéis da companhia.

A BATS ainda não desistiu do IPO. A empresa não deu um prazo exato para negociar seus papéis e disse apenas que isso deve ocorrer “num futuro próximo”.

A empresa, que tem sede em Kansas opera um sistema eletrônico para ações e opções de ações na Europa e nos Estados Unidos e é considerada uma das maiores plataformas para as negociações de alta frequência realizadas por computadores em microssegundos. Ao final de 2011, a BATS abocanhava 11% do mercado de ações americano e 3,1% das operações de opções de ações.

A BATS anunciou em fevereiro do ano passado a sua intenção de entrar no Brasil para concorrer com a BM&FBovespa.
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São Paulo – Quem entra no site da BATS Global Markets nesta segunda-feira encontra um link em destaque com a frase “Nós sabemos que podemos fazer melhor”. Ao clicar, o internauta dá de cara com uma carta do CEO Joe Ratterman, publicada no domingo, onde o executivo pede desculpas e tenta explicar o fiasco da oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) da companhia.

“Na sexta-feira, dia 23 de março, assim que a BATS Global Markets estava pronta para começar a negociar suas ações pela primeira vez no mercado, passamos por uma séria falha técnica em nossa bolsa. A falha nos forçou a cancelar os negócios com nossas ações e, em seguida, nosso IPO ”, resume Ratterman logo no início de seu texto.

No início da sexta-feira um problema técnico afetou os negócios na BATS, mexendo inclusive com os papéis da Apple. Segundo comunicado da empresa, a falha ocorreu devido a um ‘bug’ num software que ordena as ordens de leilões de IPOs antes da abertura.

O início das negociações dos papéis da própria BATS deveria ter sido o primeiro IPO realizado dentro do ambiente da bolsa, mas a empresa não conseguiu abrir seu próprio capital. “Como é de se imaginar, esse foi um momento devastador para a empresa, nossos sócios, nossos membros e nossos investidores”, afirmou o CEO.

Mesmo com meses de teste, o problema técnico apareceu. “Essa falha foi particularmente dolorosa para nós, que nos orgulhamos de sermos a bolsa mais estável e resiliente na indústria”, disse Ratterman em sua carta. Segundo o CEO explicou, nos últimos três anos (a empresa existe há seis) foi acumulada uma performance recorde de 99,9% do tempo de operação funcionando em perfeitas condições. “Mas nesse caso, falhamos. Sabemos que podemos fazer melhor. E faremos”, escreveu o CEO.


Além da carta, a empresa publicou no mesmo documento uma série de perguntas e respostas sobre o fato. A companhia explicou que o evento afetou a confiança dos investidores e que foi para proteger o interesse deles que tomou a decisão de cancelar o IPO.

A empresa informou também que como a oferta estava programada para ficar aberta até o próximo dia 28, quarta-feira, nem o dinheiro dos investidores, nem as ações da empresa, mudaram de mãos. Por isso, nada muda para quem achou que já tinha feito negócios com os papéis da companhia.

A BATS ainda não desistiu do IPO. A empresa não deu um prazo exato para negociar seus papéis e disse apenas que isso deve ocorrer “num futuro próximo”.

A empresa, que tem sede em Kansas opera um sistema eletrônico para ações e opções de ações na Europa e nos Estados Unidos e é considerada uma das maiores plataformas para as negociações de alta frequência realizadas por computadores em microssegundos. Ao final de 2011, a BATS abocanhava 11% do mercado de ações americano e 3,1% das operações de opções de ações.

A BATS anunciou em fevereiro do ano passado a sua intenção de entrar no Brasil para concorrer com a BM&FBovespa.
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