Bolsa recua com notícias sobre Previdência em meio a exterior negativo
Às 12:13, o Ibovespa caía 0,27 por cento, a 94.087,08 pontos; mais cedo, no pior momento, o índice caiu 1,1 por cento, a 93.301,76 pontos
Reuters
Publicado em 8 de março de 2019 às 10h11.
Última atualização em 8 de março de 2019 às 12h28.
São Paulo — O Ibovespa afastava-se das mínimas nesta sexta-feira, com a alta de mais de 5 por cento de RDentre os principais contrapesos à pressão negativa do exterior, após dados mais fracos do comércio exterior chinês e criação de empregos nos Estados Unido s referendarem receios sobre o crescimento global.
A melhora na bolsa paulista ocorria em paralelo a novos comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre a proposta de reforma da Previdência, ressaltando que é possível aprová-la no primeiro semestre.
Também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que estava marcando para a próxima quarta-feira a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, a primeira por onde a reforma da Previdência irá tramitar.
Às 12:13, o Ibovespa caía 0,27 por cento, a 94.087,08 pontos. Mais cedo, no pior momento, o índice caiu 1,1 por cento, a 93.301,76 pontos. O volume financeiro somava 2,85 bilhões de reais.
O último pregão da semana abriu já pressionado por dados mostrando que as exportações da China caíram 20,7 por cento em fevereiro ante o ano anterior, a maior queda em três anos, enquanto as importações tiveram resultado negativo pelo terceiro mês seguido, com declínio de 5,2 por cento
"Embora fatores sazonais possam ter impactado os números, a preocupação com a desaceleração global se eleva, um dia depois que o Banco Central Europeu reduziu as previsões de crescimento para a região", afirmou a equipe da XP Investimentos a clientes.
Após a primeira meia hora de sessão, relatório do mercado de trabalho dos EUA mostrou a criação de 20 mil vagas em fevereiro, contra expectativa de 180 mil postos, embora a taxa de desemprego tenha recuado abaixo de 4 por cento e o crescimento anual dos salários foi o melhor desde 2009.
Wall Street tinha o S&P 500 em baixa de 0,73 por cento.
Do panorama brasileiro, a equipe da Eleven Financial Research destacou que o mercado segue em ritmo de espera do longo processo de tramitação da reforma da Previdência ainda por começar, acrescentando que o governo está na chamada curva de aprendizado principalmente quanto à comunicação.
O presidente já tinha usado a mídia social para defender a reforma nas regras da aposentadoria após agentes financeiros explicitarem a necessidade de Bolsonaro ser mais vocal na defesa da proposta, bem como focar nas reformas e deixar de lado questões menos relevantes ao país.
Destaques
- VALE perdia 1,49 por cento, afetada pelo noticiário desfavorável sobre o ritmo de atividade econômica da China, além de queda dos preços do minério de ferro em meio a preocupações com a demanda. BRADESPAR PN, holding que concentra investimentos na mineradora, caía 1,34 por cento.
- CSN recuava 5,16 por cento, no segundo dia de ajuste após fortes ganhos recentes, que levaram o papel a fechar na quarta-feira na máxima desde junho de 2011, a 15,15 reais. No setor siderúrgico, GERDAU PN caía 1,9 por cento e USIMINAS PNA cedia 0,83 por cento.
- PETROBRAS PN tinha queda de 1,68 por cento, em sessão de recuo dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON caía 2,09 por cento.
- BRADESCO PN cedia 0,12 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN era negociado com variação negativa de 0,03 por cento, mostrando melhora em relação ao começo do pregão e ajudando a aliviar as perdas do Ibovespa.
- RD saltava 5,08 por cento, maior alta do Ibovespa, em meio a movimentos de 'short squeeze', comdetentores de ações da rede de varejo farmacêutico pedindo de volta (recall) os papéis que haviam alugado e, assim, levando os investidores que alugaram e venderam a recomprar as ações no mercado.