Bolsa opera sem viés firme em dia de agenda esvaziada
Às 10:22, o Ibovespa subia 0,13 por cento, a 85.355 pontos
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2018 às 10h40.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 12h01.
São Paulo - O principal índice acionário da B3 tinha leves variações nesta quinta-feira, em dia de agenda econômica esvaziada, ganhando algum fôlego com a diminuição nas preocupações sobre as tensões geopolíticas no exterior, enquanto o cenário político local seguia despertando cautela e limitando os ganhos.
Às 11:54, o Ibovespa caía 0,06 por cento, a 85.192 pontos. O giro financeiro era de 2,77 bilhões de reais.
Após o Ibovespa subir nos dois pregões anteriores e recuperar os 85 mil pontos, o mercado acionário local voltou a desacelerar nesta sessão, à espera de novos gatilhos que possam impulsionar ganhos mais consistentes.
Segundo operadores de renda variável, a espera por mais clareza no cenário eleitoral continua causando volatilidade aos negócios e despertando cautela.
No exterior, as tensões geopolítica diminuíram nesta sessão após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que um ataque militar rápido contra a Síria em retaliação a um suposto ataque com armas químicas contra civis pode não ser iminente. As bolsas norte-americanas subiam, com o S&P 500 em alta de 0,89 por cento.
Destaques
- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiam 1,93 por cento e 0,6 por cento, respectivamente, de olho nos passos em torno da privatização da empresa, após o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, dizer que o governo federal publicará na quinta-feira decreto do presidente Michel Temer que inclui a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND).
- ECORODOVIAS ON avançava 2,75 por cento, após o HSBC elevar o preço-alvo dos papéis para 11,70 reais, ante 10,90 reais, e melhorar a recomendação para compra, ante manutenção.
- PETROBRAS PN tinha alta de 0,05 por cento e PETROBRAS ON ganhava 0,21 por cento, mantendo-se no azul apesar da queda nos preços do petróleo no mercado internacional.
- BRADESCO PN caía 2,66 por cento, tirando força do índice devido ao peso em sua composição, com receios de uma eventual delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci que poderia envolver o banco. Segundo o jornal O Globo, Palocci negocia com a Polícia Federal um acordo de delação no qual revelaria alguns dos principais clientes de sua empresa de consultoria, citando pelo menos dois bancos. Profissionais de renda variável acreditam que um desses bancos poderia ser o Bradesco.
- VALE ON recuava 0,29 por cento, em dia negativo também para os contratos futuros do minério de ferro na China.