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Bolsa de NY cai com projeções do Fed e tensão na Ásia

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, pressionados por receios com o acirramento da tensão entre as Coreias após uma troca de disparos entre os dois países, por preocupações com as nações europeias em frágil situação fiscal e pelo fato de o Federal Reserve […]

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 19h01.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, pressionados por receios com o acirramento da tensão entre as Coreias após uma troca de disparos entre os dois países, por preocupações com as nações europeias em frágil situação fiscal e pelo fato de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) ter divulgado previsões pouco otimistas para a economia norte-americana.

Apesar disso, alguns participantes do mercado afirmaram que a queda das bolsas nesta terça-feira pode ter sido exagerada por causa do baixo volume de negócios antes do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA. O mercado de ações norte-americano não funcionará na quinta-feira - data do feriado - e fechará mais cedo na sexta-feira.

O Dow Jones caiu 142,21 pontos, ou 1,27%, para 11.036,37 pontos. Entre os componentes do índice, puxaram o declínio Microsoft (-2,45%), Walt Disney (-2,25%), Merck (-2,19%) e Chevron (-2,04%). O Nasdaq recuou 37,07 pontos, ou 1,46%, para 2.494,95 pontos, enquanto o S&P 500 teve queda de 17,11 pontos, ou 1,43%, para 1.180,73 pontos.

Segundo Larry Smith, executivo-chefe de investimentos da Third Wave Global Investors, "este é o momento em que as pessoas se acostumam ao fato de que o mercado subiu mais do que deveria" entre setembro e outubro. Ele alertou que o S&P 500 já caiu 3,8% em relação à máxima de 2010, atingida no início de novembro, e que o movimento de baixa pode ganhar força se houver mais perdas nas próximas sessões.

Os índices de ações operaram em baixa durante a maior parte da sessão, mas acentuaram a queda após o Federal Reserve reduzir as projeções de crescimento da economia dos EUA para este ano e para o próximo. O banco central também elevou as estimativas de desemprego para 2011 e 2012 e afirmou que espera uma inflação abaixo da meta informal de 2% até 2013.

Antes desses dados serem divulgados, pesava sobre as bolsas a preocupação com uma troca de disparos entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul e também com a situação econômica dos países da Europa após a Irlanda ter solicitado no domingo ajuda financeira à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Os receios com a possibilidade de (a crise) se espalhar para outros países europeus ainda estão crescendo", disse Nino Jimenez, vice-presidente da Brinson Patrick Securities. "As notícias globais continuam dominando os mercados atualmente, mesmo que as notícias domésticas sejam melhores do que se esperava."

Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA revisou o crescimento da economia do país no terceiro trimestre para a taxa anualizada de 2,5%. Anteriormente, o órgão havia estimado uma expansão de 2%. Economistas esperavam que a taxa fosse revisada para 2,4%. As informações são da Dow Jones.

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