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Índice volta a tocar 97 mil pontos antes de Fed e com disparada de Vale

Às 11:33, o principal índice de ações da B3 subia 1,31 por cento, a 96.895,26 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 97.106,68 pontos

B3: bolsa paulista começava em alta o pregão desta quarta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 10h16.

Última atualização em 30 de janeiro de 2019 às 12h24.

São Paulo - O Ibovespa voltou  a tocar os 97 mil pontos nesta quarta-feira, em alta de mais de 1 por cento, conforme as ações da Vale disparavam mais de 7 por cento após a mineradora anunciar um plano de ação na esteira da tragédia em Brumadinho, que contempla 5 bilhões de reais para barragens.

Às 11:33, o principal índice de ações da B3 subia 1,31 por cento, a 96.895,26 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 97.106,68 pontos. O volume financeiro somava 3,88 bilhões de reais.

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Investidores na bolsa paulista também acompanham eventos no exterior, entre eles o desfecho de reunião de política monetária do Federal Reserve, com previsão manutenção dos juros norte-americanos na faixa de 2,25 por cento a 2,50 por cento e repetição do discurso moderado sobre a alta das taxas.

O Fed divulga o comunicado com a sua decisão às 17h (horário de Brasília) e o chairman Jerome Powell fala com a imprensa pouco depois.

Os EUA e a China também começam nesta quarta-feira nova rodada de discussões comerciais em meio a profundas diferenças sobre as exigências de Washington por reformas econômicas estruturais de Pequim.

Para a consultoria LCA, a influência externa tem sido relativamente favorável aos ativos brasileiros neste começo de ano, uma vez que "expectativa de prolongamento do quadro de abundante liquidez global tem prevalecido sobre as preocupações com a desaceleração global", conforme nota a clientes.

No caso da bolsa, o Ibovespa já acumula em 2019 acréscimo de cerca de 10 por cento.

Destaques

- VALE disparava 7 por cento, em meio a repercussão positiva no mercado da resposta da mineradora após a tragédia em MG, que matou pelo menos 84 pessoas e deixou centenas de desaparecidos. A empresa prometeu acabar com as barragens a montante, o mesmo sistema utilizado na estrutura que se rompeu em Brumadinho na última sexta-feira, e divulgou efeito na produção, ajudando a mitigar umas das incertezas no mercado. A reação do papel acontece após perda histórica de 24,5 por cento na segunda-feira.

- CSN saltava 5,7 por cento, também recuperando-se novamente de perda relevante na segunda-feira (- 5,7 por cento). Analistas do BTG Pactual reiteraram recomendação de 'compra' para as ações, citando que tiveram uma atualização da administração da empresa sobre o risco das barragens de rejeitos da companhia em Congonhas (MG) e que saíram da conversa na terça-feira com mensagem tranquilizadora do diretor financeiro, embora ainda existam riscos à frente, potencialmente do ponto de vista regulatório.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 1,4 e 1,8 por cento, respectivamente, tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior. A empresa também obteve decisão favorável do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) em processos administrativos fiscais que totalizam o valor aproximado de 11,9 bilhões de reais, decorrentes de autuações fiscais lavradas pela Receita Federal para a cobrança tributos como Cide e PIS/Cofins.

- SANTANDER BRASIL UNIT caía 4,1 por cento, após o maior banco estrangeiro no país divulgar lucro acima do esperado no quarto trimestre, mas crescimento em provisões para perdas com crédito. O lucro líquido recorrente da unidade brasileira do banco espanhol Santander saltou 23,8 por cento no quarto trimestre, para 3,405 bilhões de reais. Analistas do Itaú BBA avaliaram que o balanço foi "ligeiramente negativo", com muitos eventos atípicos.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,7 por cento e BRADESCO PN avançava 0,6 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL tinha oscilação negatica de 0,04 por cento.

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