Bolsa: a hora dos balanços
Nesta quinta-feira é hora de os investidores deixarem de lado a expectativas de um futuro melhor – que sustenta uma alta de 9,8% do Ibovespa neste mês – para se debruçarem sobre o mundo real: os resultados das empresas. A maior locadora de carros do país, a Localiza, abre a temporada de balanços do segundo trimestre […]
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2016 às 20h38.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.
Nesta quinta-feira é hora de os investidores deixarem de lado a expectativas de um futuro melhor – que sustenta uma alta de 9,8% do Ibovespa neste mês – para se debruçarem sobre o mundo real: os resultados das empresas.
A maior locadora de carros do país, a Localiza, abre a temporada de balanços do segundo trimestre após o fechamento do pregão nesta quinta-feira. Para analistas do banco Citi, a queda na demanda e nos preços dos alugueis dos carros devem impactar diretamente o lucro da companhia. A expectativa é de que a Localiza apresente um lucro de 96 milhões de reais, 8% menor do que o do primeiro trimestre.
Será, segundo analistas, uma espécie de prenúncio do que vem por aí: uma sucessão de resultados fracos, já que a economia não ajudou nos últimos três meses. Na próxima semana, pelo menos 22 companhias publicam seus balanços, entre elas bancos como Santander e Bradesco, a mineradora Vale, a siderúrgica Usiminas, a Telefônica Brasil (Vivo) e a fabricante de aviões Embraer.
O alívio pode vir de empresas com alto endividamento em dólar, caso de Petrobras, da companhia de alimentos JBS e da empresa aérea Gol. A moeda encerrou o segundo trimestre do ano a 3,21 reais, 11% a menos que no fim de março.
Mas lucros e receitas em queda podem afetar o bom humor dos últimos dias? Não necessariamente. “Os resultados ruins já são esperados. Os investidores estão olhando para 2017, prova disso é a alta da bolsa nos últimos dias”, afirma Marcos Peixoto, presidente da XP Gestão.
Para especialistas, o importante nesta temporada de balanços são os sinais que executivos darão, durante as teleconferências, sobre o que esperam para o ano de 2017. Qualquer anúncio de novos planos e perspectiva de melhora para o próximo ano pode levar os investidores a continuar investindo em expectativas. O mundo real, neste caso, é só um detalhe.