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Boeing nomeia novo CEO para liderar recuperação da empresa

Kelly Ortberg, ex-executivo da Rockwell Collins, assume liderança da fabricante em meio à crise de reputação e aos desafios na produção de jatos

ARLINGTON, VIRGINIA - JANUARY 31: The headquarters for The Boeing Company is seen on January 31, 2024 in Arlington, Virginia. Boeing is releasing their first quarterly earnings report after the recent incident where a door panel blew out on their troubled Max 9 aircraft mid flight. (Photo by Samuel Corum/Getty Images) (Samuel Corum/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 31 de julho de 2024 às 11h19.

Última atualização em 31 de julho de 2024 às 11h25.

A Boeing anunciou nesta quarta-feira, 31, a nomeação de Kelly Ortberg como novo presidente e CEO da empresa. Ortberg, com mais de três décadas de experiência na indústria aeroespacial, assume o cargo em 8 de agosto, enfrentando o desafio de reverter a crise de reputação e segurança da Boeing, além de retomar a produção de jatos comerciais.[/grifar] As informações são da Reuters.

A fabricante de aeronaves enfrenta um momento crítico, após um incidente em janeiro com um jato MAX 9 da Alaska Airlines que resultou em um prejuízo de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,91 bilhões) no segundo trimestre. O acidente levou à renúncia do CEO Dave Calhoun e impôs à Boeing uma série de restrições por parte da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), incluindo a limitação na produção do 737 MAX a 38 jatos por mês.

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Ortberg, que já liderou a Rockwell Collins e desempenhou um papel crucial na integração com a United Technologies e a RTX, foi escolhido para o cargo depois de uma busca que considerou outros nomes do setor, como Patrick Shanahan. Analistas do mercado destacam a escolha como uma tentativa de trazer uma liderança mais firme e focada em negociações complexas.

Perdas significativas

Além dos desafios na aviação comercial, a Boeing também enfrenta dificuldades em sua unidade de Defesa, Espaço e Segurança, que registrou perdas significativas nos últimos anos devido a contratos de preço fixo que expõem a empresa a variações inflacionárias. A Boeing anunciou que irá se afastar desses contratos, que resultaram em um prejuízo de US$ 1,76 bilhão (R$ 9,95 bilhões) em 2022.

A Boeing entregou apenas 92 aeronaves no segundo trimestre, uma redução de 32% em comparação ao ano anterior, contribuindo para um prejuízo de US$ 2,33 (R$ 13,77) por ação. O CFO da Boeing, Brian West, indicou que a empresa continuará enfrentando dificuldades financeiras em 2024, devido à queda nas entregas de jatos.

A nomeação de Ortberg é vista como um esforço da Boeing para estabilizar sua operação e reconquistar a confiança do mercado, reguladores e consumidores. A empresa ainda enfrenta desafios substanciais, mas a nova liderança pode ser o primeiro passo em direção a uma recuperação.

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