BlackRock traça desafios à Janet Yellen, a nova chefe do Fed
Janet Yellen pode ser mais forte que o Bernanke, segundo o BlackRock Investment Institute - mas é necessário ver se seus colegas vão acompanhar
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 17h09.
São Paulo - Janet Yellen , a sucessora de Ben Bernanke no comando do Federal Reserve ( Fed , o Banco Central americano) tem pela frente o desafio de sair de uma era de política monetária frouxa. Em relatório, o BlackRock Investment Institute levantou algumas possibilidades para quando Yellen estiver no comando – ela está aguardando a aprovação do Senado e deve assumir em fevereiro do próximo ano.
O BlackRock vê a nova presidente mais propensa a dar maior peso à segunda parte do mandato do Fed – pleno emprego – em relação à inflação. “Isso pode significar taxas de juros ‘baixas por mais tempo’”, segundo o relatório.
O Fed já afirmou que vai considerar o aumento das taxas quando o desemprego nos Estados Unidos cair para menos de 6,5% (e sem solavancos na inflação) – acredita-se que isso pode acontecer em setembro de 2014. Yellen já indicou acreditar que a taxa de desemprego pode não ser o melhor indicador da saúde do mercado de trabalho, já que muitos desempregados desistiram de procurar e outros se aposentaram.
O Fed pode reduzir os estímulos monetários já em dezembro, não obstante a reputação “dovish” de Yellen, segundo o BlackRock. No jargão americano, os doves (pombos) defendem uma abordagem menos agressiva ante o período de alta da inflação. Espera-se que Yellen dê algumas pistas de como será sua atuação nas audiências de confirmação do cargo.
Outro ponto fundamental para os mercados é a comunicação e o ritmo da redução - e as possibilidades vem repercutindo nos mercados. “A política do Fed não é uma panaceia para os países que dependem de financiamento externo”, afirma o relatório.
A menção da redução por Bernanke, em maio deste ano, atingiu os mercados financeiros, deixando alguns países expostos a fuga de capitais e ao colapso no câmbio. A BlackRock cita os “cinco frágeis”: Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia, além de alguns países do leste europeu.
Janet Yellen pode ser mais forte que o Bernanke, mais orientado pelo consenso, na visão da BlackRock, mas é necessário ver se seus colegas vão acompanhar. Além da mudança na cadeira principal do Fed, no próximo ano, muitos membros votantes do Federal Open Market Committee (FOMC) também devem mudar.
São Paulo - Janet Yellen , a sucessora de Ben Bernanke no comando do Federal Reserve ( Fed , o Banco Central americano) tem pela frente o desafio de sair de uma era de política monetária frouxa. Em relatório, o BlackRock Investment Institute levantou algumas possibilidades para quando Yellen estiver no comando – ela está aguardando a aprovação do Senado e deve assumir em fevereiro do próximo ano.
O BlackRock vê a nova presidente mais propensa a dar maior peso à segunda parte do mandato do Fed – pleno emprego – em relação à inflação. “Isso pode significar taxas de juros ‘baixas por mais tempo’”, segundo o relatório.
O Fed já afirmou que vai considerar o aumento das taxas quando o desemprego nos Estados Unidos cair para menos de 6,5% (e sem solavancos na inflação) – acredita-se que isso pode acontecer em setembro de 2014. Yellen já indicou acreditar que a taxa de desemprego pode não ser o melhor indicador da saúde do mercado de trabalho, já que muitos desempregados desistiram de procurar e outros se aposentaram.
O Fed pode reduzir os estímulos monetários já em dezembro, não obstante a reputação “dovish” de Yellen, segundo o BlackRock. No jargão americano, os doves (pombos) defendem uma abordagem menos agressiva ante o período de alta da inflação. Espera-se que Yellen dê algumas pistas de como será sua atuação nas audiências de confirmação do cargo.
Outro ponto fundamental para os mercados é a comunicação e o ritmo da redução - e as possibilidades vem repercutindo nos mercados. “A política do Fed não é uma panaceia para os países que dependem de financiamento externo”, afirma o relatório.
A menção da redução por Bernanke, em maio deste ano, atingiu os mercados financeiros, deixando alguns países expostos a fuga de capitais e ao colapso no câmbio. A BlackRock cita os “cinco frágeis”: Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia, além de alguns países do leste europeu.
Janet Yellen pode ser mais forte que o Bernanke, mais orientado pelo consenso, na visão da BlackRock, mas é necessário ver se seus colegas vão acompanhar. Além da mudança na cadeira principal do Fed, no próximo ano, muitos membros votantes do Federal Open Market Committee (FOMC) também devem mudar.