Will Landers, da BlackRock: dona da maior participação privada na empresa preferiu não participar da capitalização (.)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2010 às 14h13.
São Paulo - A BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo e maior acionista privada da Petrobras, teve sua participação reduzida a 4% da companhia após sua capitalização. A nova fatia, efeito do recente aumento de capital, reflete a decisão da companhia em se manter fora da capitalização e seu pessimismo em relação aos retornos da empresa.
A gestora já havia reduzido a posição em Petrobras no começo do ano, prevendo a ansiedade do mercado diante da emissão gigantesca de novos papéis. A participação da gestora ficou definida em 144.794.562 ações preferenciais e 79.558.448 ADRs, equivalentes a ações preferenciais.
Em entrevista ao Portal Exame, Will Landers, gestor para a América Latina da BlackRock, afirmou que não vê razões para ampliar o investimento nos papéis da Petrobras. "Ela tem ativos super bons, mas ficou caro para ela explorar as concessões. Além disso, o plano de investimentos de 225 bilhões de dólares precisará aumentar e a empresa irá continuar com uma fluxo de caixa negativo por cinco anos. Nesse cenário, os retornos deveriam ser mais altos, não mais baixos", disse Landers.
A onda negativista em torno do papel da estatal teve intensidade maior nos últimos dias, quando entidades do mercado financeiro rebaixaram sua recomendação de compra e reduziram o preço-alvo para as ações. Desde segunda-feira, as ações ordinárias (PETR3) da companhia se desvalorizaram em 6,90%, enquanto as preferenciais (PETR4) perderam 7,02% de valor.
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