Bitcoin desaba quase 9% após anúncio de fiscalização na China
Às 11h44, o bitcoin, maior moeda digital do mundo, tinha queda de cerca de 9%, para 6.946 dólares, perto do menor nível desde maio
Reuters
Publicado em 22 de novembro de 2019 às 12h46.
Londres — O bitcoin despencou para o menor nível em seis meses nesta sexta-feira depois que o banco central da China lançou uma nova operação de fiscalização sobre operações com criptomoedas, alertando sobre riscos ligados a emissão ou negociação delas.
Às 11h44, o bitcoin, maior moeda digital do mundo, tinha queda de cerca de 9%, para 6.946 dólares, perto do menor nível desde maio.
O banco central da China em Xangai afirmou que vai combater crescentes casos de ilegalidades envolvendo moedas digitais. A autoridade monetária também alertou investidores a não confundirem criptomoedas com tecnologia blockchain.
O anúncio foi feito um dia depois que reguladores em Shenzhen lançaram uma campanha similar e acontece em um momento em que o banco central chinês se prepara para lançar sua própria moeda digital.
O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou no mês passado que a segunda maior economia do mundo deve acelerar o desenvolvimento da tecnologia blockchain.
O bitcoin, que costuma passar por fortes oscilações de preço, disparou mais de 40% nos dois dias após os comentários de Xi, com investidores apostando que o apoio de Pequim à tecnologia blockchain e os planos do governo chinês para criar uma moeda nacional digital iriam acelerar o ingresso das criptomoedas no mercado de massa.
Mas desde o final de outubro, o bitcoin acumula desvalorização de quase 30%.
Jamie Farquhar, gestor de portfólio na empresa britânica de criptomoedas NKB Group, afirmou que o comunicado do banco central chinês cristalizou a tese crescente de investidores de que o apoio da China à tecnologia blockchain provavelmente não vai incluir criptomoedas como o bitcoin.
"É a realização de que o otimismo sobre o anúncio de Xi sobre blockchain foi exagerado", disse Farquhar.