BC retira dólar da faixa de R$ 1,95 após fala de Mantega
A queda da moeda depois da fala de Mantega foi contida por meio de um leilão de swap cambial reverso do BC
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 17h02.
O mercado, mais uma vez, mostrou-se confuso diante das sinalizações vindas de Brasília em relação ao câmbio. Comentários feitos na quinta-feira (07) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não deixará o dólar voltar para o patamar de R$ 1,85, fizeram a moeda americana recuar de forma consistente na manhã desta sexta-feira, para a faixa de R$ 1,95.
Investidores afirmaram que, ao citar o patamar de R$ 1,85, Mantega poderia estar indicando um novo piso informal para a moeda. O ministro tentou minimizar nesta sexta o movimento, ao afirmar, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não havia mudado. Porém, foi apenas quando o Banco Central (BC) entrou no mercado, por meio de um leilão de swap cambial reverso, que a queda da moeda americana foi contida.
O dólar à vista acabou fechando o dia estável ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9720. Na mínima, vista às 10h09, a moeda marcou R$ 1,9530, em baixa de 0,96% e na menor cotação intraday desde 11 de maio de 2012. Na máxima, já durante a tarde, o dólar atingiu R$ 1,9790 (alta de 0,35%). Da mínima para a máxima, a oscilação foi de 1,33%.
Às 16h41 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,163 bilhões, sendo US$ 1,750 bilhões. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios nesta sexta-feira. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,9780, em alta de 0,25%.
"O discurso novamente foi confuso. O Mantega, até há pouco tempo, defendia um câmbio em R$ 2,00. Agora ele fala em R$ 1,85", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba. "Com isso, o mercado começou a especular em cima de uma taxa de R$ 1,85, vendendo no mercado futuro. Então, Banco Central e Ministério da Fazenda voltaram a trabalhar em linha para segurar o dólar."
Mantega afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não mudou e que não permitirá desvalorização especulativas no dólar. Já o BC fez um leilão de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. Embora não tenha vendido tudo o que se dispunha no leilão, o BC conseguiu fazer o dólar reduzir a queda e até operar, no início da tarde, no território positivo.
No leilão, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial reverso com vencimento em 1º de março de 2013. O volume financeiro foi de US$ 502 milhões. O resultado, porém, ficou bastante abaixo do que era oferecido: até 37 mil contratos ou cerca de US$ 1,850 bilhão.
"Isso mostra que não houve demanda para tudo. O BC não entrou sondando o mercado antes de fazer o leilão, foi uma ação de surpresa, então apenas R$ 502 milhões foram vendidos. Mas a qualquer momento ele pode voltar para colocar mais US$ 1 bilhão, puxando novamente a taxa", comentou durante a tarde Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade Corretora de Câmbio. Na prática, o BC ficou com uma "carta na manga", podendo voltar a fazer leilões de swap nos próximos dias caso seja necessário - algo que ocorreu no passado. Este receio com novas atuações contribuiu para o dólar chegar a subir ante o real e para o discurso da quinta-feira de Mantega ser deixado de lado.
No exterior, o euro recuava ante o dólar americano, que mostrava movimentos mistos em relação a outras divisas com elevada correlação com as commodities. Às 17h09, o euro era cotado a US$ 1,3361, ante US$ 1,3398 do fim da tarde desta sexta-feira.
O mercado, mais uma vez, mostrou-se confuso diante das sinalizações vindas de Brasília em relação ao câmbio. Comentários feitos na quinta-feira (07) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não deixará o dólar voltar para o patamar de R$ 1,85, fizeram a moeda americana recuar de forma consistente na manhã desta sexta-feira, para a faixa de R$ 1,95.
Investidores afirmaram que, ao citar o patamar de R$ 1,85, Mantega poderia estar indicando um novo piso informal para a moeda. O ministro tentou minimizar nesta sexta o movimento, ao afirmar, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não havia mudado. Porém, foi apenas quando o Banco Central (BC) entrou no mercado, por meio de um leilão de swap cambial reverso, que a queda da moeda americana foi contida.
O dólar à vista acabou fechando o dia estável ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9720. Na mínima, vista às 10h09, a moeda marcou R$ 1,9530, em baixa de 0,96% e na menor cotação intraday desde 11 de maio de 2012. Na máxima, já durante a tarde, o dólar atingiu R$ 1,9790 (alta de 0,35%). Da mínima para a máxima, a oscilação foi de 1,33%.
Às 16h41 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,163 bilhões, sendo US$ 1,750 bilhões. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios nesta sexta-feira. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,9780, em alta de 0,25%.
"O discurso novamente foi confuso. O Mantega, até há pouco tempo, defendia um câmbio em R$ 2,00. Agora ele fala em R$ 1,85", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba. "Com isso, o mercado começou a especular em cima de uma taxa de R$ 1,85, vendendo no mercado futuro. Então, Banco Central e Ministério da Fazenda voltaram a trabalhar em linha para segurar o dólar."
Mantega afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não mudou e que não permitirá desvalorização especulativas no dólar. Já o BC fez um leilão de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. Embora não tenha vendido tudo o que se dispunha no leilão, o BC conseguiu fazer o dólar reduzir a queda e até operar, no início da tarde, no território positivo.
No leilão, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial reverso com vencimento em 1º de março de 2013. O volume financeiro foi de US$ 502 milhões. O resultado, porém, ficou bastante abaixo do que era oferecido: até 37 mil contratos ou cerca de US$ 1,850 bilhão.
"Isso mostra que não houve demanda para tudo. O BC não entrou sondando o mercado antes de fazer o leilão, foi uma ação de surpresa, então apenas R$ 502 milhões foram vendidos. Mas a qualquer momento ele pode voltar para colocar mais US$ 1 bilhão, puxando novamente a taxa", comentou durante a tarde Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade Corretora de Câmbio. Na prática, o BC ficou com uma "carta na manga", podendo voltar a fazer leilões de swap nos próximos dias caso seja necessário - algo que ocorreu no passado. Este receio com novas atuações contribuiu para o dólar chegar a subir ante o real e para o discurso da quinta-feira de Mantega ser deixado de lado.
No exterior, o euro recuava ante o dólar americano, que mostrava movimentos mistos em relação a outras divisas com elevada correlação com as commodities. Às 17h09, o euro era cotado a US$ 1,3361, ante US$ 1,3398 do fim da tarde desta sexta-feira.