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BC permite maior entrada de dólar ao recuar em medida

Instituição voltou a permitir que o exportador antecipe recursos que não venham apenas do importador nas operações de 360 dias

Dólares: comentário sobre a moeda americana foi de Nathan Blanche, especialista em câmbio e sócio da Tendências Consultoria Integrada (Joe Raedle/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 10h31.

São Paulo - O governo deu mais um passo no desmonte das ações para conter a entrada de dólar no país ao permitir aumento das vendas da moeda americana pelos exportadores, disse Nathan Blanche, especialista em câmbio e sócio da Tendências Consultoria Integrada.

O Banco Central voltou a permitir que o exportador antecipe recursos que não venham apenas do importador nas operações de 360 dias, disse ontem Geraldo Magela Siqueira, secretário executivo do BC.

“O BC voltou atrás”, disse Blanche ontem em entrevista por telefone de Goiânia. “Isso vai permitir aos exportadores vender mais e aumentar a oferta de dólares”.

Desde 1 de março, só o importador podia antecipar recursos ao exportador. O BC ajustou a norma, deu alternativa ao exportador e isso deve baratear o crédito, disse Siqueira a repórteres em Brasília.

“A medida havia sido uma pancada no exportador”, disse Blanche. “O BC queria evitar o carry trade, mas não precisava quebrar as empresas exportadoras”.

O governo vem retirando medidas adotadas até meados deste ano para conter a valorização do real. O BC está realizando leilões de swap cambial, ao invés de swap reverso, e o prazo das captações externas sobre as quais incide o Imposto sobre Operações Financeiras de seis por cento caiu de cinco para dois anos.

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Desde 1 de março, só o importador podia antecipar recursos ao exportador. O BC ajustou a norma, deu alternativa ao exportador e isso deve baratear o crédito, disse Siqueira a repórteres em Brasília.

“A medida havia sido uma pancada no exportador”, disse Blanche. “O BC queria evitar o carry trade, mas não precisava quebrar as empresas exportadoras”.

O governo vem retirando medidas adotadas até meados deste ano para conter a valorização do real. O BC está realizando leilões de swap cambial, ao invés de swap reverso, e o prazo das captações externas sobre as quais incide o Imposto sobre Operações Financeiras de seis por cento caiu de cinco para dois anos.

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