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BC atua 2 vezes, mas dólar sobe por impasse nos EUA

Remessas ao exterior e impasse fiscal estimularam avanço da moeda, mesmo com leilões do BC

Notas de dólar: moeda recuou 0,72% na semana (SXC.HU)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 16h16.

São Paulo - A moeda norte-americana iniciou o dia em alta e manteve-se nesta trajetória ao longo da sexta-feira, apesar de leilões do Banco Central. O avanço do dólar ante o real acompanha o movimento externo, diante do impasse em torno da questão fiscal nos Estados Unidos. No ambiente doméstico, operadores citam um fluxo negativo alimentado por remessas corporativas ao exterior antes do início das festas de fim de ano.

O declínio semanal do dólar encolheu de 1,25% até quinta-feira, para 0,72%, em grande medida, em reflexo à aversão ao risco no exterior e consequente busca dos investidores por abrigo na divisa dos EUA.

Na máxima do dia, o dólar tocou R$ 2,0810. Na mínima, a moeda chegou a R$ 2,0690. Em dezembro, o recuo do dólar é de 2,54% e, no ano, há alta de 10,91%.

Após a abertura das Bolsas em Nova York em declínio, o dólar renovou máximas no mercado de balcão ante o real. As incertezas quanto a uma resolução para evitar o abismo fiscal nos EUA foram os principais condutores da elevação da divisa. No exterior, perto das 16 horas, o dólar norte-americano subia 0,65% ante o australiano, avançava 0,53% ante o canadense e subia 1,22% ante o neozelandês.

No ambiente interno, um estrategista observa que "houve saídas pela manhã, também contribuindo para a elevação do dólar, afinal muitas empresas já estarão em férias coletivas a partir da próxima semana e só retornam em janeiro". Portanto, para agentes financeiros, a perspectiva é que, com grande parte já encaminhada das remessas corporativas para honrar compromissos de final de ano, a pressão de alta sobre o dólar na próxima semana tenderá a ser menor.


O Banco Central atuou no mercado de câmbio com dois leilões no período da manhã, mas não evitou que a moeda encerrasse o dia no terreno positivo. "Depois de três sessões em queda, o mercado encontrou um ponto de sustentação no patamar de R$ 2,070", segundo um operador de câmbio.

No primeiro leilão, a taxa de venda foi R$ 2,06250, a Ptax de quinta-feira, e a de compra, em 1º de março de 2013, ficou em R$ 2,08445, com elevação embutida de 1,06%. No segundo leilão, a taxa de venda foi R$ 2,07240, a Ptax do boletim das 11 horas, e a taxa de recompra, com liquidação em 1º de fevereiro de 2013, ficou em R$ 2,085470, com alta de 0,63%. Vale notar que o segundo leilão do dia não abrandou a alta do dólar, que renovou máxima na sequência da operação.

Não houve negócios com o dólar pronto na BM&F. O giro financeiro, na clearing da Bolsa, continuou magro na maior parte do dia e somava US$ 1,758 bilhão perto das 16 horas.

Nos EUA, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, fez um pronunciamento para explicar porque não conseguiu colocar em votação na noite passada seu plano B para prorrogar os cortes de impostos para quem ganha até US$ 1 milhão por ano. Boehner explicitou uma divisão dentro do Partido Republicano ao informar que houve percepção de que o projeto elevaria o nível geral de impostos e, por isso, alguns membros não apoiaram a medida. Apesar de tudo, Boehner afirmou que vai continuar trabalhando em um acordo para evitar o abismo fiscal e que a Câmara voltará a se reunir após o Natal, se preciso.

Para o estrategista do UBS Gareth Berry, o nervosismo manifestado pelos mercados ilustra a dificuldade que será alcançar uma solução intermediária entre republicanos e democratas antes do fim do ano.

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São Paulo - A moeda norte-americana iniciou o dia em alta e manteve-se nesta trajetória ao longo da sexta-feira, apesar de leilões do Banco Central. O avanço do dólar ante o real acompanha o movimento externo, diante do impasse em torno da questão fiscal nos Estados Unidos. No ambiente doméstico, operadores citam um fluxo negativo alimentado por remessas corporativas ao exterior antes do início das festas de fim de ano.

O declínio semanal do dólar encolheu de 1,25% até quinta-feira, para 0,72%, em grande medida, em reflexo à aversão ao risco no exterior e consequente busca dos investidores por abrigo na divisa dos EUA.

Na máxima do dia, o dólar tocou R$ 2,0810. Na mínima, a moeda chegou a R$ 2,0690. Em dezembro, o recuo do dólar é de 2,54% e, no ano, há alta de 10,91%.

Após a abertura das Bolsas em Nova York em declínio, o dólar renovou máximas no mercado de balcão ante o real. As incertezas quanto a uma resolução para evitar o abismo fiscal nos EUA foram os principais condutores da elevação da divisa. No exterior, perto das 16 horas, o dólar norte-americano subia 0,65% ante o australiano, avançava 0,53% ante o canadense e subia 1,22% ante o neozelandês.

No ambiente interno, um estrategista observa que "houve saídas pela manhã, também contribuindo para a elevação do dólar, afinal muitas empresas já estarão em férias coletivas a partir da próxima semana e só retornam em janeiro". Portanto, para agentes financeiros, a perspectiva é que, com grande parte já encaminhada das remessas corporativas para honrar compromissos de final de ano, a pressão de alta sobre o dólar na próxima semana tenderá a ser menor.


O Banco Central atuou no mercado de câmbio com dois leilões no período da manhã, mas não evitou que a moeda encerrasse o dia no terreno positivo. "Depois de três sessões em queda, o mercado encontrou um ponto de sustentação no patamar de R$ 2,070", segundo um operador de câmbio.

No primeiro leilão, a taxa de venda foi R$ 2,06250, a Ptax de quinta-feira, e a de compra, em 1º de março de 2013, ficou em R$ 2,08445, com elevação embutida de 1,06%. No segundo leilão, a taxa de venda foi R$ 2,07240, a Ptax do boletim das 11 horas, e a taxa de recompra, com liquidação em 1º de fevereiro de 2013, ficou em R$ 2,085470, com alta de 0,63%. Vale notar que o segundo leilão do dia não abrandou a alta do dólar, que renovou máxima na sequência da operação.

Não houve negócios com o dólar pronto na BM&F. O giro financeiro, na clearing da Bolsa, continuou magro na maior parte do dia e somava US$ 1,758 bilhão perto das 16 horas.

Nos EUA, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, fez um pronunciamento para explicar porque não conseguiu colocar em votação na noite passada seu plano B para prorrogar os cortes de impostos para quem ganha até US$ 1 milhão por ano. Boehner explicitou uma divisão dentro do Partido Republicano ao informar que houve percepção de que o projeto elevaria o nível geral de impostos e, por isso, alguns membros não apoiaram a medida. Apesar de tudo, Boehner afirmou que vai continuar trabalhando em um acordo para evitar o abismo fiscal e que a Câmara voltará a se reunir após o Natal, se preciso.

Para o estrategista do UBS Gareth Berry, o nervosismo manifestado pelos mercados ilustra a dificuldade que será alcançar uma solução intermediária entre republicanos e democratas antes do fim do ano.

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