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BB tem 30% das novas ações compradas por pessoas físicas, por R$ 7 bilhões

Resultado foi bem recebido pelo mercado ações ordinárias do BB fecharam na sexta-feira, 19, em alta de 2,56%, cotadas a R$ 46,06

Banco do Brasil: no primeiro semestre, o BB teve lucro líquido ajustado de quase R$ 9 bilhões (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2019 às 16h23.

Última atualização em 21 de outubro de 2019 às 15h07.

São Paulo — O Banco do Brasil conseguiu atrair R$ 7 bilhões em investimentos de pessoas físicas para sua reemissão de ações. Uma parcela de 30% da operação foi destinada ao varejo, superando a marca da oferta da Petrobras, em junho, quando pessoas físicas ficaram com pouco mais de 20% do volume.

O resultado foi bem recebido pelo mercado financeiro. As ações ordinárias do BB fecharam na sexta-feira, 19, em alta de 2,56%, cotadas a R$ 46,06.

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Ao ultrapassar a marca de R$ 7 bilhões somente no público de varejo, a demanda seria mais suficiente do que todo o valor da oferta, de R$ 5,8 bilhões. Deste total, 40% foram captados com investidores estrangeiros.

Por causa da alta demanda de investidores, os bancos que coordenaram a oferta conseguiram puxar para cima o preço da ação que no início da oferta estava em R$ 43,42. As próprias ordens dos investidores institucionais estavam abaixo desse patamar, concentradas em R$ 43, mas o preço foi elevado para R$ 44,05, valor superior ao cotação no dia em que a oferta foi lançada.

Resultados

A elevada demanda do investidor pessoa física vem a reboque de uma reviravolta nos resultados do BB nos últimos anos. Além de mais lucrativo, o banco conseguiu melhorar sua rentabilidade, encostando nos rivais privados.

No primeiro semestre, o BB teve lucro líquido ajustado de quase R$ 9 bilhões, o que o coloca bem perto do teto da previsão para este ano, de R$ 14,5 bilhões a R$ 17,5 bilhões. Já o retorno era de 17,6% ao fim de junho ante 13,2% um ano antes.

Com a nova oferta, o BB também reforçou o peso da sua rede de distribuição. A movimento pode beneficiar a instituição em outras operações em um momento que o banco público negocia uma joint venture com o suíço UBS na área de mercado de capitais.

Vendedores

Os vendedores na oferta do BB foram a Caixa Econômica Federal e a própria instituição, que tinha ações em tesouraria. A oferta seria cerca de R$ 1 bilhão maior não fosse o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficar fora após falta de consenso na diretoria sobre a operação. Procurados, BB e Caixa não comentaram.

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