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BB: dar ações do banco aproxima funcionário do investidor

A estatal anunciou que cada funcionário receberá três ações cada um. A medida foi avaliada como positiva por analistas de mercado

Banco do Brasil: banco também dará ações em forma de bonificação (Pilar Olivares/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 10h43.

São Paulo - A decisão do Banco do Brasil de dar três ações da instituição para cada funcionário foi vista com simpatia por analistas de mercado.

Analistas ouvidos pelo site EXAME disseram que a medida não terá impacto no preço do papel – cada funcionário receberá cerca de 100 reais em ações, e só poderá vendê-las quando se aposentar ou sair do banco. Mas destacaram que a mensagem da iniciativa é positiva.

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Além de ser uma forma de engajamento motivacional, aproxima o funcionário do investidor e ajuda a criar a cultura de que os empregados também são sócios. “Trazer esta cultura tão comum em empresas privadas é um avanço quando se trata de uma estatal”, afirma Felipe Silveira, analista da corretora Coinvalores.

Já Wagner Salaverry, sócio da gestora Quantitas, cujos fundos investem em ações do Banco do Brasil, destaca que os funcionários passam a perceber mais claramente os problemas que os acionistas têm. “Apesar do valor em ações ser baixo, os funcionários começam a sentir um pouco no bolso deles um pouco o impacto das decisões e do desempenho do banco.”

A distribuição das ações não interfere na liquidez dos papéis, já que elas estavam em Tesouraria - ou seja, não serão feitas novas emissões.

Mas outra medida anunciada pelo BB pode criar oportunidades de compra das ações. O banco informou que pagará parte do bônus semestral na forma de ações, e estas poderão ser vendidas. Se houver muitas vendas, a cotação tende a cair por alguns dias, mas, se as perspectivas continuarem positivas, podem se recuperar nos dias seguintes.

Aos interessados em investir nos papéis do Banco do Brasil, vale destacar que as ações ficarão voláteis devido à proximidade com as eleições presidenciais.

Em relatório divulgado, o BTG Pactual manteve rating neutro e preço-alvo de preço-alvo de 39 reais por ação. Já o banco Credit Suisse apontou ranting outperform e preço-alvo de 36 reais por ação. Atualmente, os papéis do BB têm sido negociados na casa dos 32 reais.

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