Barrada no Novo Mercado, Mundial se diz injustiçada
Bolsa citou a investigação da PF e CVM sobre manipulação de ações
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 09h25.
São Paulo – A BM&FBovespa barrou nesta sexta-feira a entrada da Mundial ( MNDL3 ) no Novo Mercado, o nível mais elevado de exigências de governança corporativa da bolsa brasileira, mostra um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários.
A bolsa alegou problemas e atrasos na publicação de demonstrações financeiras e a investigação da Polícia Federal e CVM sobre a manipulação de ações da empresa no episódio que ficou conhecido como “ Bolha do Alicate ”.
“A companhia entende que essas razões são infundadas”, ressalta Michael Lenn Ceitlin, Diretor Superintendente e de Relações com Investidores da fabricante de válvulas, alicates e esmaltes. O projeto de ida ao Novo Mercado teve início em novembro do ano passado.
Segundo o documento, a bolsa alegou “aspectos das demonstrações financeiras da Companhia relativos aos períodos findos em 31/12/2011 e 30/06/2012, atraso ocorrido em 2010 na divulgação de informações periódicas e existência de investigação administrativa e criminal para apurar irregularidades ocorridas na negociação de ações da Companhia em 2011”.
A Mundial disse que as demonstrações financeiras eram de conhecimento e domínio público e que o atraso na divulgação ocorreu uma única vez, devido à troca e implementação de sistemas de informática. Sobre a movimentação atípica, a empresa alega que alertou a bolsa e solicitou orientação sobre como proceder.
“Além disso, a Companhia possui provas materiais que demonstram a mais absoluta correção, lisura e licitude dos procedimentos adotados pela Companhia e seus diretores e está convicta de que eventuais acusações, em qualquer esfera administrativa e/ou criminal, envolvendo a Companhia e/ou seus diretores serão fulminadas diante de sua manifesta improcedência”, diz o texto.
Formação de quadrilha
Além das investigações da PF e CVM, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul apresentou, no dia 30 de novembro, denúncia contra dez pessoas envolvidas no caso da alta das ações da Mundial. Elas serão indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha e manipulação de mercado.
Dentre os denunciados, estão Michael Ceitlin e Rafael Ferri, agente autônomo. Segundo investigações da PF, Ferri investia em ações da Mundial e passou a recomendar os papéis a amigos em Porto Alegre.
Ibovespa
A negativa da bolsa à entrada da Mundial no Novo Mercado não é o primeiro embate entre a empresa e a Bovespa. Em agosto do ano passado, perto do auge das negociações com as ações preferenciais, a bolsa preferiu não incluir os papéis em vários índices a que estariam elegíveis por conta do volume negociado, inclusive o Ibovespa, também por conta da “movimentação atípica”.
São Paulo – A BM&FBovespa barrou nesta sexta-feira a entrada da Mundial ( MNDL3 ) no Novo Mercado, o nível mais elevado de exigências de governança corporativa da bolsa brasileira, mostra um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários.
A bolsa alegou problemas e atrasos na publicação de demonstrações financeiras e a investigação da Polícia Federal e CVM sobre a manipulação de ações da empresa no episódio que ficou conhecido como “ Bolha do Alicate ”.
“A companhia entende que essas razões são infundadas”, ressalta Michael Lenn Ceitlin, Diretor Superintendente e de Relações com Investidores da fabricante de válvulas, alicates e esmaltes. O projeto de ida ao Novo Mercado teve início em novembro do ano passado.
Segundo o documento, a bolsa alegou “aspectos das demonstrações financeiras da Companhia relativos aos períodos findos em 31/12/2011 e 30/06/2012, atraso ocorrido em 2010 na divulgação de informações periódicas e existência de investigação administrativa e criminal para apurar irregularidades ocorridas na negociação de ações da Companhia em 2011”.
A Mundial disse que as demonstrações financeiras eram de conhecimento e domínio público e que o atraso na divulgação ocorreu uma única vez, devido à troca e implementação de sistemas de informática. Sobre a movimentação atípica, a empresa alega que alertou a bolsa e solicitou orientação sobre como proceder.
“Além disso, a Companhia possui provas materiais que demonstram a mais absoluta correção, lisura e licitude dos procedimentos adotados pela Companhia e seus diretores e está convicta de que eventuais acusações, em qualquer esfera administrativa e/ou criminal, envolvendo a Companhia e/ou seus diretores serão fulminadas diante de sua manifesta improcedência”, diz o texto.
Formação de quadrilha
Além das investigações da PF e CVM, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul apresentou, no dia 30 de novembro, denúncia contra dez pessoas envolvidas no caso da alta das ações da Mundial. Elas serão indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha e manipulação de mercado.
Dentre os denunciados, estão Michael Ceitlin e Rafael Ferri, agente autônomo. Segundo investigações da PF, Ferri investia em ações da Mundial e passou a recomendar os papéis a amigos em Porto Alegre.
Ibovespa
A negativa da bolsa à entrada da Mundial no Novo Mercado não é o primeiro embate entre a empresa e a Bovespa. Em agosto do ano passado, perto do auge das negociações com as ações preferenciais, a bolsa preferiu não incluir os papéis em vários índices a que estariam elegíveis por conta do volume negociado, inclusive o Ibovespa, também por conta da “movimentação atípica”.