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BB entrega maior dividendo das Américas

Possibilidade de entrega do dividend yield ocorre graças aos lucros, sustentados pelo aumento do crédito, num momento de queda nas ações

Agência do Banco do Brasil no Rio de Janeiro (Fernando Lemos/VEJA Rio)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 12h23.

São Paulo - O Banco do Brasil SA deve entregar o maior dividend yield nas Américas, graças aos lucros, sustentados pelo aumento do crédito, num momento de queda nas ações, por conta de apostas de alta na inadimplência em reflexo ao menor crescimento econômico.

A distribuição de lucros a investidores do banco estatal neste ano deve chegar a 8,1 por cento do preço de suas ações, segundo mediana das projeções de 11 analistas consultados pela Bloomberg. Essa é a maior taxa entre as 80 maiores companhias por receita no continente americano. Segunda nessa lista, a Vale SA deve apresentar taxa de 6,7 por cento. A fabricante de automóveis General Motors Co. tem a menor taxa esperada entre as companhias listadas, de 0,1 por cento.

Os papéis do BB estão em queda neste ano, dado o receio de que a qualidade de sua carteira de crédito esteja sendo deteriorada pela pressão do governo para que bancos estatais ofereçam mais empréstimos para ajudar a alimentar o crescimento. O estoque da dívida no Brasil cresceu 18 por cento em maio ante o ano anterior, para R$ 2,14 trilhões após o governo reduzir juros e reduzir as exigências de capital para os bancos.

“Há preocupação quanto à inadimplência, que realmente poderiam afetar os níveis de lucratividade do banco, mas na atual cotação, a ação ainda está bem atraente do ponto de vista dos dividendos”, disse Wagner Salaverry, que ajuda a administrar R$ 5,5 bilhões, incluindo ações do Banco do Brasil, na Geração Futuro Corretora de Valores SA, de Porto Alegre, em entrevista por telefone.

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Os papéis do BB estão em queda neste ano, dado o receio de que a qualidade de sua carteira de crédito esteja sendo deteriorada pela pressão do governo para que bancos estatais ofereçam mais empréstimos para ajudar a alimentar o crescimento. O estoque da dívida no Brasil cresceu 18 por cento em maio ante o ano anterior, para R$ 2,14 trilhões após o governo reduzir juros e reduzir as exigências de capital para os bancos.

“Há preocupação quanto à inadimplência, que realmente poderiam afetar os níveis de lucratividade do banco, mas na atual cotação, a ação ainda está bem atraente do ponto de vista dos dividendos”, disse Wagner Salaverry, que ajuda a administrar R$ 5,5 bilhões, incluindo ações do Banco do Brasil, na Geração Futuro Corretora de Valores SA, de Porto Alegre, em entrevista por telefone.

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