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Baixa liquidez derruba juros futuros na abertura

O relativo bom humor dos mercados internacionais e a queda do dólar ante o real também influenciam o resultado

Bovespa: às 9h28, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 marcava 10,46% (Paulo Fridman/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 11h58.

São Paulo - Em meio à baixa liquidez decorrente do feriado nos Estados Unidos, os juros futuros abriram a sessão em baixa, seguindo o relativo bom humor dos mercados internacionais e a queda do dólar ante o real no mercado de balcão.

As bolsas internacionais avançam, após a divulgação de dados positivos do índice de gerente de compras (PMI) do setor industrial da China e da Europa, além da reduzida possibilidade de um ataque iminente dos Estados Unidos à Síria, já que o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que vai reagir ao uso de armas químicas, mas pretende ouvir o Congresso dos EUA, que está em recesso.

Às 9h28, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 marcava 10,46%, de 10,53% no ajuste de sexta-feira, 30. Na ponta longa, o DI para janeiro de 2017 era negociado a 11,72%, na máxima, de 11,82% na sexta-feira. O dólar à vista no balcão abriu a R$ 2,3660, em queda de 0,71%.

De toda forma, os investidores devem manter a cautela em semana carregada de eventos importante para o comportamento da curva a termo. Amanhã, saem os dados da produção industrial de julho, o primeiro indicador relativo ao terceiro trimestre, podendo fornecer pistas sobre o desempenho da atividade após a surpresa positiva com o PIB do trimestre passado, que cresceu 1,5% ante o período imediatamente anterior).

Além disso, na sexta-feira, serão divulgados a inflação medida pelo IGP-DI e pelo IPCA de agosto. Hoje pela manhã, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,20% no encerramento do mês de agosto ante -0,17% na última leitura de julho, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar de o índice ter vindo no piso do intervalo das estimativas apuradas pelo AE Projeções (0,20% a 0,26%), o grupo Alimentação voltou ao terreno positivo (0,17%) e puxou a alta do fechamento de agosto.

A valorização recente do dólar ante o real continua deteriorando as expectativas inflacionárias. A pesquisa Focus, publicado hoje pelo Banco Central, revelou mais uma alta da mediana para o índice de 2013, que passou de 5,80% para 5,83%. Há quatro semanas estava em 5,75%. Já para 2014, a mediana das previsões para o IPCA seguiu em 5,84% ante taxa de 5,87% vista um mês atrás.

Por outro lado, o resultado surpreendente de alta do PIB levou a revisões das projeções do mercado financeiro para a economia. A mediana das projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 subiu de 2,20% para 2,32%. Já para 2014, a mediana das previsões para a expansão do PIB passou de 2,40% para 2,30%.

A grande expectativa, no entanto, se concentra na divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira. Os analistas esperam por detalhes da motivação do Banco Central em manter o ritmo de alta da Selic em 0,5 ponto porcentual, além de eventuais pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.

No sábado, 31, durante o discurso de encerramento de evento da BM&F Bovespa, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou a estratégia de atuação no câmbio, ao falar em ofertar proteção, mas não comentou sobre eventuais leilões de dólar à vista. Ele destacou que há uma estratégia clara do BC no mercado cambial, com os leilões semanais de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra.

Após a fala, quando indagado por jornalistas sobre a venda de dólares no mercado à vista, Tombini ficou calado. No mesmo evento, o diretor de política monetária, Aldo Mendes, disse que o BC está "muito satisfeito" com a reação dos mercados financeiros ao leilões de swap cambial e destacou a previsibilidade do programa até o fim do ano.

Lá fora, a agenda econômica norte-americana traz, na sexta-feira, 6 o número de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos em agosto, o famoso Payroll. Antes, saem os postos de trabalho no setor privado (quinta-feira, 5). No mesmo dia, na Europa, serão anunciadas as decisões de política monetária dos bancos centrais da Inglaterra (BoE) e da zona do euro (BCE). Um dia antes, na quarta-feira, 4, é a vez do Produto Interno Bruto (PIB) europeu no trimestre passado e o Federal Reserve publica ainda o Livro Bege.

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São Paulo - Em meio à baixa liquidez decorrente do feriado nos Estados Unidos, os juros futuros abriram a sessão em baixa, seguindo o relativo bom humor dos mercados internacionais e a queda do dólar ante o real no mercado de balcão.

As bolsas internacionais avançam, após a divulgação de dados positivos do índice de gerente de compras (PMI) do setor industrial da China e da Europa, além da reduzida possibilidade de um ataque iminente dos Estados Unidos à Síria, já que o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que vai reagir ao uso de armas químicas, mas pretende ouvir o Congresso dos EUA, que está em recesso.

Às 9h28, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 marcava 10,46%, de 10,53% no ajuste de sexta-feira, 30. Na ponta longa, o DI para janeiro de 2017 era negociado a 11,72%, na máxima, de 11,82% na sexta-feira. O dólar à vista no balcão abriu a R$ 2,3660, em queda de 0,71%.

De toda forma, os investidores devem manter a cautela em semana carregada de eventos importante para o comportamento da curva a termo. Amanhã, saem os dados da produção industrial de julho, o primeiro indicador relativo ao terceiro trimestre, podendo fornecer pistas sobre o desempenho da atividade após a surpresa positiva com o PIB do trimestre passado, que cresceu 1,5% ante o período imediatamente anterior).

Além disso, na sexta-feira, serão divulgados a inflação medida pelo IGP-DI e pelo IPCA de agosto. Hoje pela manhã, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,20% no encerramento do mês de agosto ante -0,17% na última leitura de julho, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar de o índice ter vindo no piso do intervalo das estimativas apuradas pelo AE Projeções (0,20% a 0,26%), o grupo Alimentação voltou ao terreno positivo (0,17%) e puxou a alta do fechamento de agosto.

A valorização recente do dólar ante o real continua deteriorando as expectativas inflacionárias. A pesquisa Focus, publicado hoje pelo Banco Central, revelou mais uma alta da mediana para o índice de 2013, que passou de 5,80% para 5,83%. Há quatro semanas estava em 5,75%. Já para 2014, a mediana das previsões para o IPCA seguiu em 5,84% ante taxa de 5,87% vista um mês atrás.

Por outro lado, o resultado surpreendente de alta do PIB levou a revisões das projeções do mercado financeiro para a economia. A mediana das projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 subiu de 2,20% para 2,32%. Já para 2014, a mediana das previsões para a expansão do PIB passou de 2,40% para 2,30%.

A grande expectativa, no entanto, se concentra na divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira. Os analistas esperam por detalhes da motivação do Banco Central em manter o ritmo de alta da Selic em 0,5 ponto porcentual, além de eventuais pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.

No sábado, 31, durante o discurso de encerramento de evento da BM&F Bovespa, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou a estratégia de atuação no câmbio, ao falar em ofertar proteção, mas não comentou sobre eventuais leilões de dólar à vista. Ele destacou que há uma estratégia clara do BC no mercado cambial, com os leilões semanais de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra.

Após a fala, quando indagado por jornalistas sobre a venda de dólares no mercado à vista, Tombini ficou calado. No mesmo evento, o diretor de política monetária, Aldo Mendes, disse que o BC está "muito satisfeito" com a reação dos mercados financeiros ao leilões de swap cambial e destacou a previsibilidade do programa até o fim do ano.

Lá fora, a agenda econômica norte-americana traz, na sexta-feira, 6 o número de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos em agosto, o famoso Payroll. Antes, saem os postos de trabalho no setor privado (quinta-feira, 5). No mesmo dia, na Europa, serão anunciadas as decisões de política monetária dos bancos centrais da Inglaterra (BoE) e da zona do euro (BCE). Um dia antes, na quarta-feira, 4, é a vez do Produto Interno Bruto (PIB) europeu no trimestre passado e o Federal Reserve publica ainda o Livro Bege.

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