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B3 não tem interesse em ser a bolsa da América Latina, diz Finkelsztain

Bolsa brasileira chegou a colocar em prática projeto de internacionalização, mas agora quer consolidação no mercado interno

Gilson Finkelsztain, presidente da B3: "Não temos grande plano de internacionalização" (Victor Moriyama/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 13h55.

Última atualização em 17 de setembro de 2019 às 13h56.

São Paulo — A B3 não tem interesse de ser a bolsa da América Latina . Apesar de deter a participação em quatro bolsas na região — México, Chile, Colômbia e Peru, com participações minoritárias feitas pela antiga BM&FBovespa —, a visão hoje é de que tais investimentos demandariam alto grau de esforço e pouco dinheiro a ser capturado, todavia.

"Não temos grande plano de internacionalização", disse o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. Ele comentou, ainda, que os reguladores locais não veem com bons olhos esse tipo de consolidação.

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O projeto de internacionalização da B3 foi anunciado em 2014 e colocou como meta diminuir os volumes de negociação da América Latina que migram para outros mercados, como Estados Unidos e Europa.

Além de aquisição de fatias minoritárias nas bolsas do México, Chile, Colômbia e Peru, até o limite regulatório de cada país, estava no plano anunciado à época a Argentina. O projeto mirava, ainda, o oferecimento de serviços pela bolsa brasileira.

Finkelsztain contou que a B3 chegou a ser provocada por bancos sobre a possibilidade de aquisição da bolsa de Londres, a LSE, a London Stock Exchange, mas rechaçou essa possibilidade. A bolsa de Londres ficou nos holofotes depois de oferta feita pela bolsa de Hong Kong, em uma proposta avaliada em US$ 39 bilhões.

O olhar da B3, dessa forma, está nas oportunidades no próprio mercado brasileiro, dado que a visão é de que há grande espaço para crescimento no País, ainda mais em um momento em que se espera que os juros baixos permaneçam, o que vai direcionar cada vez mais recursos ao mercado de capitais.

O interesse de expansão da B3, comentou o executivo, é de olhar mercados nos quais a "B3 poderá ter seu papel". O mercado de crédito imobiliário, por exemplo, é um dos focos. "Podemos facilitar o lançamento de produtos como o de home equity", comentou.

Outros setores que estão no radar da B3 é o de seguros e o de energia. "Entendemos que podemos ter um papel no mercado livre de energia. Temos indicações que existe trading de energia começando e começa a ter todos os indicadores de que fará sentido uma bolsa de energia", destacou.

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