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Aversão a risco impera por temor com EUA e Grécia

São Paulo - A aversão a risco marcava os mercados nesta segunda-feira, em meio a preocupações com a situação fiscal grega e a piora na perspectiva de rating dos Estados Unidos pela S&P, que ditavam forte baixa nas bolsas de valores, no petróleo e nas moedas de maior rendimento. A Bovespa também refletia a decepção […]

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 13h13.

São Paulo - A aversão a risco marcava os mercados nesta segunda-feira, em meio a preocupações com a situação fiscal grega e a piora na perspectiva de rating dos Estados Unidos pela S&P, que ditavam forte baixa nas bolsas de valores, no petróleo e nas moedas de maior rendimento.

A Bovespa também refletia a decepção do mercado com o relatório sobre as reservas da OGX, cujas ações despencavam 13,5 por cento [ID:nN18194238]. O exercício de opções adicionava ainda mais volatilidade, levando o Ibovespa ao menor nível desde fevereiro.

A notícia que mais repercutia entre os players era a piora na perspectiva da nota de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor's, que citou um "risco material" de que os formuladores de políticas não concordem sobre como reduzir o amplo déficit orçamentário do país.

Embora tenha mantido o rating máximo "AAA" aos EUA, a S&P disse que as autoridades norte-americanas não deixaram claro como pretendem combater as pressões fiscais de longo prazo.

Ainda de acordo com a agência, a perspectiva negativa sinaliza ao menos uma chance em três de que o rating seja reduzido dentro de dois anos [ID:nN18198279].

A possibilidade de que a Grécia peça uma reestruturação da dívida também pesava. O país e a Comissão Europeia negam que isso esteja em pauta, mas um jornal grego afirmou que Atenas já solicitou aos credores que o assunto seja discutido. Para fontes alemãs, a Grécia não passa do meio do ano sem que reveja a dívida a ser paga [ID:nN18186486].

O euro cedia ao menor patamar em 11 dias frente ao dólar.

Tal movimento alimentava a valorização de 1 por cento da moeda norte-americana ante uma cesta de divisas <.DXY>. A performance era copiada no mercado brasileiro, onde o dólar chegou a alcançar 1,60 real na venda.

Entre as commodities, o petróleo caía nos EUA mais de 2 por cento, mas matérias-primas procuradas em momentos de aversão a risco, como o ouro e a prata , renovavam máximas.

As bolsas em Wall Street perdiam cerca de 2 por cento, enquanto o índice de volatilidade da CBOE <.VIX> disparava mais de 18 por cento. Na Europa, o indicador de ações FTSEurofirst 300 <.FTEU3> fechou com queda de 1,6 por cento, zerando os ganhos do ano.

Da pauta doméstica, o mercado voltou a elevar a previsão de inflação para este ano, segundo o relatório Focus. O documento também mostrou manutenção na estimativa para a Selic em dezembro, indicando que o ciclo de aperto deve terminar na reunião deste mês.

No âmbito corporativo, a Embraer teve queda de 31,7 por cento no volume de aviões entregues no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, para 28 unidades, anunciou a companhia pela manhã [ID:nN18186055].

Veja a variação dos principais mercados às 12h53 nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,595 real, em baixa de 1,08 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caía 1,94 por cento, para 65.392 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 5,76 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros 2,15 por cento, a 36.803 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> O DI janeiro de 2012 apontava 12,28 por cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4213 dólar, ante 1,4417 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 134,813 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,459 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil recuava 1 ponto, para 175 pontos-básicos. O EMBI+ subia 2 pontos, a 267 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> cedia 1,65 por cento, a 12.137 pontos; o S&P 500 <.SPX> caía 1,53 por cento, a 1.299 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha baixa de 1,77 por cento, a 2.715 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo cedia 2,76 dólar, ou 2,52 por cento, a 106,92 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,4023 por cento ante 3,414 por cento no fechamento anterior.

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