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Aversão a risco abranda, local tem dia cheio

Comissão Europeia negou nesta terça-feira uma notícia de que a Grécia havia aceitado que era inevitável reestruturar sua dívida. Incerteza marcou pregão da Ásia

Hoje terá início a amplamente aguardada reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária do Banco Central para decidir sobre o rumo da Selic (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 08h45.

São Paulo - A aversão a risco amenizou no ambiente financeiro internacional nesta manhã, embora o clima de incerteza persista e os mercados asiáticos tenham sentido apenas hoje os efeitos das fortes vendas da véspera no Ocidente. A agenda doméstica destaca dados de emprego e arrecadação, mas deve ocupar pontualmente a atenção de investidores ao longo da jornada, com o viés externo predominando.

É também nesta terça-feira que tem início a amplamente aguardada reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para decidir sobre o rumo da Selic. O resultado será conhecido apenas no final da quarta-feira, o que, contudo, não significa menos movimentação, principalmente no segmento de DI, onde as apostas seguem razoavelmente divididas.

No exterior, notícias corporativas, particularmente os resultadors acima das previsões de LVMH e Burberry, davam suporte à alta de 0,55 por cento do europeu FTSEurofirst 300 às 7h50, ofuscando por ora os problemas de dívida da região. O euro, enquanto isso, valorizava-se 0,39 por cento, a 1,4279 dólar.

A Comissão Europeia negou nesta terça-feira uma notícia de que a Grécia havia aceitado que era inevitável reestruturar sua dívida. Um jornal grego citou uma fonte da Comissão dizendo que Atenas havia percebido que não poderia evitar tal ação, apesar de repetidas negativas oficiais.

"É uma negativa muito firme da nossa parte", disse uma porta-voz da Comissão. "É impossível que tal comunicado possa estar correto, considerando que nem se quer exista tal discussão entre autoridades europeias e o governo grego." Nos Estados Unidos, o contrato futuro do S&P-500 cedia 0,08 por cento --1 ponto--, após registrar a maior queda em um mês na véspera no índice à vista. O setor de chips enfraquecia uma recuperação, após a Texas Instruments divulgar um crescimento de vendas trimestrais menor que o usual após o fechamento na segunda-feira.

A agenda norte-americana do dia inclui a divulgação dos resultados de Goldman Sachs, Intel, IBM, Johnson & Johnson e Yahoo, entre outros, além de dados do setor imobiliário.

Os números da Texas Instruments, aliás, também prejudicaram os negócios em Tóquio, onde o Nikkei encerrou em baixa de 1,12 por cento, contaminado ainda pelos reflexos à decisão da S&P de revisar a perspectiva do rating norte-americano. O dólar avançava 0,11 por cento, a 82,58 ienes. O índice da bolsa de Xangai cedeu 1,91 por cento.

O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão ainda declinava 0,78 por cento, mas o MSCI para ações globais subia 0,15 por cento, enquanto para emergentes situava-se ao redor da estabilidade. A queda de 0,26 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, também sugeria uma trégua na deterioração do humor de investidores externos.

Entre as commodities, o petróleo era negociado a 106,12 dólares, em queda de 0,93 por cento, nas operações eletrônicas em Nova York. Em Londres, o Brent cedia 1,19 por cento, a 120,16 dólares. Também na City londrina, o cobre avançava 0,81 por cento.

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São Paulo - A aversão a risco amenizou no ambiente financeiro internacional nesta manhã, embora o clima de incerteza persista e os mercados asiáticos tenham sentido apenas hoje os efeitos das fortes vendas da véspera no Ocidente. A agenda doméstica destaca dados de emprego e arrecadação, mas deve ocupar pontualmente a atenção de investidores ao longo da jornada, com o viés externo predominando.

É também nesta terça-feira que tem início a amplamente aguardada reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para decidir sobre o rumo da Selic. O resultado será conhecido apenas no final da quarta-feira, o que, contudo, não significa menos movimentação, principalmente no segmento de DI, onde as apostas seguem razoavelmente divididas.

No exterior, notícias corporativas, particularmente os resultadors acima das previsões de LVMH e Burberry, davam suporte à alta de 0,55 por cento do europeu FTSEurofirst 300 às 7h50, ofuscando por ora os problemas de dívida da região. O euro, enquanto isso, valorizava-se 0,39 por cento, a 1,4279 dólar.

A Comissão Europeia negou nesta terça-feira uma notícia de que a Grécia havia aceitado que era inevitável reestruturar sua dívida. Um jornal grego citou uma fonte da Comissão dizendo que Atenas havia percebido que não poderia evitar tal ação, apesar de repetidas negativas oficiais.

"É uma negativa muito firme da nossa parte", disse uma porta-voz da Comissão. "É impossível que tal comunicado possa estar correto, considerando que nem se quer exista tal discussão entre autoridades europeias e o governo grego." Nos Estados Unidos, o contrato futuro do S&P-500 cedia 0,08 por cento --1 ponto--, após registrar a maior queda em um mês na véspera no índice à vista. O setor de chips enfraquecia uma recuperação, após a Texas Instruments divulgar um crescimento de vendas trimestrais menor que o usual após o fechamento na segunda-feira.

A agenda norte-americana do dia inclui a divulgação dos resultados de Goldman Sachs, Intel, IBM, Johnson & Johnson e Yahoo, entre outros, além de dados do setor imobiliário.

Os números da Texas Instruments, aliás, também prejudicaram os negócios em Tóquio, onde o Nikkei encerrou em baixa de 1,12 por cento, contaminado ainda pelos reflexos à decisão da S&P de revisar a perspectiva do rating norte-americano. O dólar avançava 0,11 por cento, a 82,58 ienes. O índice da bolsa de Xangai cedeu 1,91 por cento.

O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão ainda declinava 0,78 por cento, mas o MSCI para ações globais subia 0,15 por cento, enquanto para emergentes situava-se ao redor da estabilidade. A queda de 0,26 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, também sugeria uma trégua na deterioração do humor de investidores externos.

Entre as commodities, o petróleo era negociado a 106,12 dólares, em queda de 0,93 por cento, nas operações eletrônicas em Nova York. Em Londres, o Brent cedia 1,19 por cento, a 120,16 dólares. Também na City londrina, o cobre avançava 0,81 por cento.

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