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Aumento do diesel pressiona juro futuro em dia de Copom

A Petrobras informou, na terça-feira (05), aumento de 5% no preço de venda do combustível nas refinarias

Bovespa: às 10h35 desta quarta-feira, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,25%, na máxima, com 159.900 contratos (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 11h30.

São Paulo - Os juros futuros abriram em alta na manhã desta quarta-feira, dia de decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central sobre a taxa básica da economia (Selic), em resposta ao anúncio da Petrobras de reajuste no preço do diesel.

A estatal informou, na terça-feira (05), aumento de 5% no preço de venda do combustível nas refinarias. O reajuste vale a partir de hoje.

O vice-presidente de Tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, afirma que "o mercado avalia que esse aumento vai pressionar a inflação e pressionar ainda mais o BC a mexer nos juros, para controlar o avanço dos preços".

Ele acrescenta que, com isso, crescem as expectativas de mudança no comunicado que acompanha a decisão do Copom, a ser divulgado na noite desta quarta-feira.

O reajuste do diesel encobre a desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). O indicador passou de 0,31% em janeiro para 0,20% em fevereiro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas, e ficou no piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções.

Os IGPs serão impactados pelo reajuste do diesel, lembra o economista-chefe do ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal. "A boa notícia do resultado de fevereiro pode não significar uma tendência para o próximo mês, uma vez que já temos 'contratado' aumentos de aço da Usiminas e da CSN, além dos 5% de aumento do diesel, que terá um impacto individual de 0,10 ponto porcentual nos IGPs", afirma, em nota.


Às 10h35 desta quarta-feira, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,25%, na máxima, com 159.900 contratos, de 7,24% no ajuste de ontem, e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,71%, com 161.930 contratos, de 7,67% no ajuste anterior.

O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,38%, na máxima, com 48.795 contratos, ante 8,33%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,03% (31.000 contratos), ante 8,98% na véspera.

Os integrantes do Copom devem decidir por manter a Selic no atual nível de 7,25% ao ano na reunião que termina hoje, conforme expectativa de 80 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções.

O principal argumento dos analistas sobre este segundo encontro de 2013 é que o Banco Central, apesar de preocupado com a aceleração e a persistência da inflação, manifestou acreditar na convergência da inflação à meta no segundo semestre de 2013.

A LCA Consultores espera estabilidade, "ainda em decisão unânime", e diz que é provável que haja alterações no comunicado sobre a decisão, refletindo uma postura "mais cautelosa" da autoridade monetária em relação ao cenário inflacionário.

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São Paulo - Os juros futuros abriram em alta na manhã desta quarta-feira, dia de decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central sobre a taxa básica da economia (Selic), em resposta ao anúncio da Petrobras de reajuste no preço do diesel.

A estatal informou, na terça-feira (05), aumento de 5% no preço de venda do combustível nas refinarias. O reajuste vale a partir de hoje.

O vice-presidente de Tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, afirma que "o mercado avalia que esse aumento vai pressionar a inflação e pressionar ainda mais o BC a mexer nos juros, para controlar o avanço dos preços".

Ele acrescenta que, com isso, crescem as expectativas de mudança no comunicado que acompanha a decisão do Copom, a ser divulgado na noite desta quarta-feira.

O reajuste do diesel encobre a desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). O indicador passou de 0,31% em janeiro para 0,20% em fevereiro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas, e ficou no piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções.

Os IGPs serão impactados pelo reajuste do diesel, lembra o economista-chefe do ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal. "A boa notícia do resultado de fevereiro pode não significar uma tendência para o próximo mês, uma vez que já temos 'contratado' aumentos de aço da Usiminas e da CSN, além dos 5% de aumento do diesel, que terá um impacto individual de 0,10 ponto porcentual nos IGPs", afirma, em nota.


Às 10h35 desta quarta-feira, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 tinha taxa de 7,25%, na máxima, com 159.900 contratos, de 7,24% no ajuste de ontem, e o DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 7,71%, com 161.930 contratos, de 7,67% no ajuste anterior.

O contrato para janeiro de 2015 tinha taxa de 8,38%, na máxima, com 48.795 contratos, ante 8,33%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 9,03% (31.000 contratos), ante 8,98% na véspera.

Os integrantes do Copom devem decidir por manter a Selic no atual nível de 7,25% ao ano na reunião que termina hoje, conforme expectativa de 80 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções.

O principal argumento dos analistas sobre este segundo encontro de 2013 é que o Banco Central, apesar de preocupado com a aceleração e a persistência da inflação, manifestou acreditar na convergência da inflação à meta no segundo semestre de 2013.

A LCA Consultores espera estabilidade, "ainda em decisão unânime", e diz que é provável que haja alterações no comunicado sobre a decisão, refletindo uma postura "mais cautelosa" da autoridade monetária em relação ao cenário inflacionário.

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