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Aumento de capital visa acelerar captação de recursos, diz Light

Companhia disse na terça-feira que considera a possibilidade de realizar uma oferta pública primária de ações no Brasil

Light: segundo a companhia, o aumento de capital de ações não prejudicaria os atuais acionistas (Junius/Wikimedia Commons)

Light: segundo a companhia, o aumento de capital de ações não prejudicaria os atuais acionistas (Junius/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 14h14.

São Paulo - A Light pretende obter autorização de seus acionistas para ampliar seu capital para até 300 milhões de ações ordinárias, ante quase 204 milhões atualmente, com o objetivo de tornar "mais célere" o processo de captação de recursos para a companhia por meio da emissão e distribuição de novas ações, informou a companhia nesta quarta-feira.

A Light disse na terça-feira que considera a possibilidade de realizar uma oferta pública primária de ações no Brasil, com esforços restritos de distribuição, e no exterior, para investidores nos Estados Unidos. A companhia também convocou para 13 de abril assembleia para discutir um aumento de seu limite de capital autorizado.

Uma emissão de 96 milhões de novas ações poderia envolver cerca de 1,8 bilhão de reais pelo preço atual dos papéis da Light na BM&FBovespa, de 19 reais.

Em proposta da administração divulgada nesta quarta-feira, a Light explicou ainda que pretende excluir ou reduzir o prazo para exercício do direito de preferência na oferta pelos seus acionistas, o que poderia "permitir que as eventuais distribuições de ações emitidas pela companhia sejam ofertadas ao mercado investidor com mais agilidade."

Segundo a companhia, a medida não prejudicaria os atuais acionistas, que "poderão comprar em bolsa ou subscrever publicamente ações para manter a proporção no capital que detinham antes da emissão de novas ações".

A proposta da Light prevê ainda que a oferta pública tenha mecanismo para obrigar investidores que eventualmente assumam fatia de mais de 25 por cento na companhia a fazer uma oferta pública pela totalidade das ações, o que é conhecido no mercado como "poison pill"-- geralmente utilizada para evitar aquisições hostis de empresas nas quais o controlador não detém mais de 50 por cento.

A Light é controlada pela estatal mineira Cemig, que detém 26 por cento da empresa de maneira direta e outros 26 por cento de maneira indireta, por meio de veículos de investimento.

A Cemig tem passado por uma reestruturação e realizado desinvestimentos para reduzir sua enorme dívida, que alcançou 13,6 bilhões de reais líquidos no final do terceiro trimestre de 2016.

Na semana passada, a Reuters publicou com informação de uma fonte que a Cemig pretende reduzir sua fatia na Light por meio da venda de ações no mercado.

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