Exame Logo

Aumenta receio de contágio europeu com piora da crise na Grécia

O euro caiu mais de 2% em relação ao dólar nos últimos dois dias e o custo de proteção de títulos corporativos atingiu o maior nível desde janeiro

A Moody’s Investors Service disse que pode rebaixar a nota de crédito de três grandes bancos franceses, devido à sua exposição aos papéis gregos (Thomas Coex/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 12h12.

Nova York - A incapacidade da União Europeia de conter a crise da Grécia está causando choque nos mercados de câmbio, taxas de curto prazo, ações e derivativos.

O euro caiu mais de 2 por cento em relação ao dólar nos últimos dois dias e o custo de proteção de títulos corporativos atingiu o maior nível desde janeiro. Os contratos de credit- default swaps, ou CDS, mostram uma probabilidade de cerca de 78 por cento de que a Grécia não vai conseguir honrar sua dívida. Ações recuaram em todo o mundo, e o sentimento negativo no mercado de renda fixa deu o maior salto desde novembro.

Os mercados sugerem um receio maior de que as autoridades não conseguirão evitar que os problemas da Grécia se espalhem. A Moody’s Investors Service disse que pode rebaixar a nota de crédito do BNP Paribas SA e outros dois grandes bancos franceses, devido à sua exposição aos papéis gregos. A quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em setembro de 2008 levou ao congelamento do mercado de crédito global, depois que investidores reduziram risco e mantiveram apenas os papéis dos países com melhor rating.

“A probabilidade de uma situação semelhante a do Lehman na zona do euro está aumentando”, disse Neil Mackinnon, economista na VTB Capital, em Londres, e ex-funcionário do Tesouro dos Estados Unidos. “Os mercados não apenas precificam a alta probabilidade de um calote da Grécia, eles consideram um cenário em que isso atinja outras economias da região, como Portugal, Irlanda”, disse ele. “Talvez Espanha, Itália e Bélgica.”

A quebra do Lehman provocou US$ 2 trilhões em perdas contábeis nas maiores instituições financeiras do mundo, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os bancos centrais tiveram que reduzir suas taxas de juros para mínimas históricas enquanto economias ao redor do mundo entravam em recessão.

Os mercados reagiram ontem à decisão do primeiro ministro da Grécia, George Papandreou, de nomear um novo governo e pedir o voto de confiança no parlamento, pressionando-o para aprovar o plano de austeridade fiscal, que vai garantir o novo resgate. O índice MSCI World Index ampliou a queda em 1,1 por cento hoje, e o franco suíço atingiu cotação recorde ante ao euro.

Veja também

Nova York - A incapacidade da União Europeia de conter a crise da Grécia está causando choque nos mercados de câmbio, taxas de curto prazo, ações e derivativos.

O euro caiu mais de 2 por cento em relação ao dólar nos últimos dois dias e o custo de proteção de títulos corporativos atingiu o maior nível desde janeiro. Os contratos de credit- default swaps, ou CDS, mostram uma probabilidade de cerca de 78 por cento de que a Grécia não vai conseguir honrar sua dívida. Ações recuaram em todo o mundo, e o sentimento negativo no mercado de renda fixa deu o maior salto desde novembro.

Os mercados sugerem um receio maior de que as autoridades não conseguirão evitar que os problemas da Grécia se espalhem. A Moody’s Investors Service disse que pode rebaixar a nota de crédito do BNP Paribas SA e outros dois grandes bancos franceses, devido à sua exposição aos papéis gregos. A quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em setembro de 2008 levou ao congelamento do mercado de crédito global, depois que investidores reduziram risco e mantiveram apenas os papéis dos países com melhor rating.

“A probabilidade de uma situação semelhante a do Lehman na zona do euro está aumentando”, disse Neil Mackinnon, economista na VTB Capital, em Londres, e ex-funcionário do Tesouro dos Estados Unidos. “Os mercados não apenas precificam a alta probabilidade de um calote da Grécia, eles consideram um cenário em que isso atinja outras economias da região, como Portugal, Irlanda”, disse ele. “Talvez Espanha, Itália e Bélgica.”

A quebra do Lehman provocou US$ 2 trilhões em perdas contábeis nas maiores instituições financeiras do mundo, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os bancos centrais tiveram que reduzir suas taxas de juros para mínimas históricas enquanto economias ao redor do mundo entravam em recessão.

Os mercados reagiram ontem à decisão do primeiro ministro da Grécia, George Papandreou, de nomear um novo governo e pedir o voto de confiança no parlamento, pressionando-o para aprovar o plano de austeridade fiscal, que vai garantir o novo resgate. O índice MSCI World Index ampliou a queda em 1,1 por cento hoje, e o franco suíço atingiu cotação recorde ante ao euro.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBancosCâmbioEuropaFinançasUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame