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Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 17h30.
*Caixa pode financiar R$20 bi em 2011, vs R$3 bi em 2010
*Prazo para liberação será de 5 meses, diz executivo
(Texto atualizado com mais informações e declarações)
Por Denise Luna
RIO DE JANEIRO, 7 de dezembro (Reuters) - A Caixa Econômica
Federal quer chegar ao final de 2014 com uma carteira de
financiamentos para o setor de petróleo e gás semelhante à da
construção civil, hoje em torno de 70 bilhões de reais, disse
nesta terça-feira um superintendente regional da instituição no
Rio de Janeiro.
Já para o próximo ano a empresa prevê aumento da carteira
que este ano girou em torno dos 3 bilhões de reais, para algo
entre 15 e 20 bilhões de reais.
"Hoje a procura é mais para capital de giro, mas já tem
alguns novos projetos e a tendência é crescer", segundo
informou o superintendente regional da Caixa, Edalmo Rangel.
Entre os principais projetos em avaliação, segundo Rangel,
estão seis estaleiros para a indústria de petróleo, com
investimentos de cerca de 2 bilhões de reais.
"A Caixa só aderiu ao Fundo da Marinha Mercante em
setembro. Nossa intenção é deliberar sobre os seis estaleiros o
mais rápido possível", disse ele a jornalistas após participar
do 6o Fórum de Óleo e Gás do Instituto Brasileiro de Executivos
de Finanças (Ibef).
Segundo ele, o financiamento para a indústria de petróleo
está sendo um aprendizado para a instituição --mais habituada
ao pequeno empresário e pequeno investidor-- e o que está sendo
percebido é que o setor precisa de crédito rápido e simples.
"Vamos tentar liberar os financiamentos em 5 meses", disse
o executivo, ressaltando que a Caixa também passou a admitir
dar adiantamentos aos clientes para iniciar os projetos, em
torno de 30 por cento do total, o que antes não fazia.
"A indústria do petróleo trabalha muito alavancada, estamos
estreando nisso de dar uma parte antes", informou.
Para fomentar ainda mais a demanda, a Caixa vai inaugurar
mais 20 agências nas cidades onde existe grande dinâmica da
indústria do petróleo, como Macaé, no Rio de Janeiro, e Rio
Grande, no Rio Grande do Sul, "para citar algumas".
(Edição de Aluísio Alves)