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Atento a cenário global, mercado tira o pé e Ibovespa cede

SÃO PAULO (Reuters) - Enquanto aguarda o desenrolar de eventos na Europa e nos Estados Unidos, investidores seguiram com movimentos pontuais de realização de lucros e levaram a Bovespa à segunda baixa seguida. Desanimado sobretudo por baixas de Vale, siderúrgicas e bancos, o Ibovespa recuou 0,61 por cento nesta segunda-feira, para 67.184 pontos. O giro […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2010 às 22h16.

SÃO PAULO (Reuters) - Enquanto aguarda o desenrolar de eventos na Europa e nos Estados Unidos, investidores seguiram com movimentos pontuais de realização de lucros e levaram a Bovespa à segunda baixa seguida.

Desanimado sobretudo por baixas de Vale, siderúrgicas e bancos, o Ibovespa recuou 0,61 por cento nesta segunda-feira, para 67.184 pontos.

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O giro financeiro do pregão somou 5,68 bilhões de reais, abaixo da média diária em 2010.

Para profissionais do mercado, o volume mais discreto de negócios foi o melhor termômetro do estado de ânimo dos investidores. Depois de um rali no meio do mês que levou o Ibovespa de volta para o azul em fevereiro, o mercado passou a esperar pela definição de fatores no cenário externo antes de continuar comprando ações.

"A entrada de capital externo escasseou", disse Hamilton Moreira, analista senior do BB Investimentos.

Entre os principais fatores de atenção do investidor, segundo ele, está o desfecho para a situação da Grécia e outros países da zona do euro, que enfrentam elevados déficits fiscais.

Nesta segunda-feira, uma autoridade do bloco desmentiu a informação de que um pacote de até 25 bilhões de euros estaria sendo costurado para socorrer a combalida economia grega. O índice europeu de ações teve baixa de 0,28 por cento.

Em outra frente, o mercado aguarda um pronunciamento que será feito na quarta-feira pelo chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, que poderá dar pistas sobre a linha de ação do banco central norte-americano para desarmar o socorro a bancos atingidos pela crise.

DESTAQUES

Na bolsa paulista, um dos alvos de realização de lucro foi Vale, cuja ação preferencial caiu 1,6 por cento, a 44,39 reais, após a mineradora ter afirmado pela manhã que vai compor um consórcio com Andrade Gutierrez, Neoenergia Investimentos e Votorantim Energia para participar do leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

No mesmo bloco, Companhia Siderúrgica Nacional caiu 1,7 por cento, a 58,15 reais. Segundo a imprensa portuguesa, a empresa fracassou na tentativa de conseguir 33 por cento mais uma ação da Cimpor, em uma batalha pela cimenteira que teve início em dezembro e atraiu também a Camargo Corrêa e a Votorantim.

Na parte de cima do índice, o papel preferencial da Petrobras subiu 0,9 por cento, para 34,65 reais, no dia em que o HSBC elevou a recomendação das ações, de "neutro" para "overweight" (acima da média do mercado).

Fora do índice, Telebrás seguiu sua trajetória de ascensão, subindo 5,65 por cento, a 2,62 reais, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito na última sexta-feira que deve reativar a antiga blue chip da Bovespa, apontada como provável carro-chefe do programa de popularização da banda larga no país.

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