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Até onde vai a correção? Só até a esquina, logo ali, analisa a BlackRock

Para Bob Doll, os fundamentos não mudaram e logo os mercados devem voltar a subir

Bolsa de Nova York (Wall Street) (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 15h50.

São Paulo – Nas últimas semanas, os mercados mundiais têm passado por um período de queda. Em sete dias, por exemplo, o índice americano S&P 500 acumula queda de 2,69%, o Nasdaq cai 2,73%, o inglês FTSE 100 perde 3,46% e o japonês Nikkei 225 cai 5,10%. No mercado brasileiro não é diferente e só na semana passada o Ibovespa perdeu 1,27%. O que se discute agora é até quando a correção vai continuar.

Para Bob Doll, estrategista-chefe da BlackRock, essa não é uma tendência definitiva para o ano. “Não acreditamos que os fundamentos macroeconômicos tenham mudado tanto para justificar uma visão mais negativa sobre ações”, afirmou em seu comentário semanal, publicado no site da gestora, a maior do mundo.

No texto, ele afirma que já vinha alertando que a alta nos ativos poderia abrir espaço para uma correção. A queda recente, na opinião de Doll, acontece por uma mistura do aumento das preocupações com a crise na Europa, uma desaceleração na China e a falta de novos estímulos do Banco Central americano.

“Nenhum desses acontecimentos representa uma alteração significativa na economia ou no mercado e acreditamos que uma mudança na tendência de alta só aconteceria diante de sinais de deterioração”, afirma.


Entre os fundamentos internacionais ele ressalta as preocupações com os resultados de leilões da dívida na Espanha, que renovam as preocupações com a região. “Mas os políticos parecem estar tomando decisões no caminho certo”, afirma. O principal índice de ações do país, o IBEX 35, é um dos poucos entre os principais países que registra queda acumulada no ano e já caiu 12,8% em 2012.

Doll ainda aposta numa tendência de alta para este ano, mas afirma que como os riscos continuam presentes, os ganhos não virão tão fácil como no final de 2011 ou no início de 2012. Embora não representem mudanças no cenário, os fatores que ele citou como causa da correção ainda são sim riscos ao mercado, que devem desacelerar o ritmo de ganho.

Oportunidades próximas

Como a perspectiva é de mais um período de correção, com um final positivo e tendência de alta para o mercado, Doll alerta para a oportunidade de ampliar exposição em alguns ativos. “Poderemos ver como oportunidade potencial para compras qualquer correção, especialmente para investidores de longo prazo, que continuam com alta exposição a ativos de risco”, afirma.

Doll não está sozinho na projeção. Em um relatório distribuído para clientes, Thomas J Lee, analista do J.P. Morgan, também avalia que a queda recente é passageira, embora a relação entre ganho e risco esteja menos favorável neste trimestre em relação ao primeiro. Como não há mudança nas teses de investimento, ele também sugere comprar ações depreciadas. Nos Estados Unidos, a indicação é para papéis do setor de tecnologia e financeiro.

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São Paulo – Nas últimas semanas, os mercados mundiais têm passado por um período de queda. Em sete dias, por exemplo, o índice americano S&P 500 acumula queda de 2,69%, o Nasdaq cai 2,73%, o inglês FTSE 100 perde 3,46% e o japonês Nikkei 225 cai 5,10%. No mercado brasileiro não é diferente e só na semana passada o Ibovespa perdeu 1,27%. O que se discute agora é até quando a correção vai continuar.

Para Bob Doll, estrategista-chefe da BlackRock, essa não é uma tendência definitiva para o ano. “Não acreditamos que os fundamentos macroeconômicos tenham mudado tanto para justificar uma visão mais negativa sobre ações”, afirmou em seu comentário semanal, publicado no site da gestora, a maior do mundo.

No texto, ele afirma que já vinha alertando que a alta nos ativos poderia abrir espaço para uma correção. A queda recente, na opinião de Doll, acontece por uma mistura do aumento das preocupações com a crise na Europa, uma desaceleração na China e a falta de novos estímulos do Banco Central americano.

“Nenhum desses acontecimentos representa uma alteração significativa na economia ou no mercado e acreditamos que uma mudança na tendência de alta só aconteceria diante de sinais de deterioração”, afirma.


Entre os fundamentos internacionais ele ressalta as preocupações com os resultados de leilões da dívida na Espanha, que renovam as preocupações com a região. “Mas os políticos parecem estar tomando decisões no caminho certo”, afirma. O principal índice de ações do país, o IBEX 35, é um dos poucos entre os principais países que registra queda acumulada no ano e já caiu 12,8% em 2012.

Doll ainda aposta numa tendência de alta para este ano, mas afirma que como os riscos continuam presentes, os ganhos não virão tão fácil como no final de 2011 ou no início de 2012. Embora não representem mudanças no cenário, os fatores que ele citou como causa da correção ainda são sim riscos ao mercado, que devem desacelerar o ritmo de ganho.

Oportunidades próximas

Como a perspectiva é de mais um período de correção, com um final positivo e tendência de alta para o mercado, Doll alerta para a oportunidade de ampliar exposição em alguns ativos. “Poderemos ver como oportunidade potencial para compras qualquer correção, especialmente para investidores de longo prazo, que continuam com alta exposição a ativos de risco”, afirma.

Doll não está sozinho na projeção. Em um relatório distribuído para clientes, Thomas J Lee, analista do J.P. Morgan, também avalia que a queda recente é passageira, embora a relação entre ganho e risco esteja menos favorável neste trimestre em relação ao primeiro. Como não há mudança nas teses de investimento, ele também sugere comprar ações depreciadas. Nos Estados Unidos, a indicação é para papéis do setor de tecnologia e financeiro.

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