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Até a China tem sido mais amigável com o mercado do que o Brasil, diz banco

Intervencionismo do governo na economia tem assustado os investidores

Ministra Gleisi Hoffmann, presidente Dilma Rousseff e ministro Guido Mantega em mais um anúncio de estímulo à economia (Roberto Stuckert Filho/PR)

Ministra Gleisi Hoffmann, presidente Dilma Rousseff e ministro Guido Mantega em mais um anúncio de estímulo à economia (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 18h56.

São Paulo – Até a comunista China tem agido mais em prol dos mercados financeiros e de sua economia no longo prazo do que o Brasil, avalia o Deutsche Bank em um relatório que avalia as decisões dos países emergentes para enfrentar a crise financeira internacional. Além disso, o intervencionismo do governo na economia tem assustado os investidores, que agora veem o país rumando para um perfil mais estatista.

“Dos países que compõem os BRICs, apenas a China está tentando implantar medidas amigáveis ao mercado, apesar de o sucesso delas ainda estar longe de assegurada. As autoridades brasileiras têm sido ativas, porém se movendo para uma direção estatista em detrimento tanto do mercado financeiro quanto da saúde de longo prazo da economia”, ressaltam John-Paul Smith e Mehmet Beceren, que assinam a análise.

Os governos da Rússia e da Índia estão sem vontade e também incapacitados de realizar ações, afirma o banco.

Segundo eles, em face dos níveis atuais e da baixa demanda das maiores economias emergentes, as ações ficaram à mercê de fatores externos, principalmente os preços das commodities, a zona do euro e um possível novo relaxamento monetário pelo Banco Central americano (Federal Reserve).

Os analistas continuam a recomendar uma alocação abaixo da média para China, Rússia, Brasil e Coreia do Sul, enquanto o México, Turquia, Polônia e Taiwan tem indicação de alocação acima da média. “Em termos absolutos, estamos menos negativos do que no final de fevereiro, mas ainda preferimos a posição em dinheiro, até que a queda no preço do petróleo crie um ponto para o apetite global por risco”, dizem.

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